Opinião

Coluna Juliano Gazola: O seu amor próprio, você quer jogar fora?

JULIANO GAZOLA
Destaco a importância de uma abordagem realista e comprometida com o trabalho, combinando aspirações financeiras

O seu amor por si mesmo é útil. Na bioliderança, costumo repetir que temos que ser forte primeiro e bom depois, assim como gosto da frase trabalhe duro, seja forte, sirva e não encha o saco. Ser forte é ser amoroso, pois o bem é incansável. Você já viu alguém que é incansável fraco? Na fonte, há um versículo que Paulo deixa isto bem claro, dizendo “E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”.

Passar uma vida inteira fazendo cálculo na retribuição do amor do amor que dá, fará com que o indivíduo jamais conheça o que é amar de verdade.

Ocorrerá outro equívoco, o de pensar que o amor que sente por si próprio é algo negativo. No entanto, se essa crença fosse verdadeira, então a instrução de Jesus Cristo “amar o próximo como a si mesmo” não teria nenhum significado.

Quando se ama, é natural que se leve em consideração o outro e suas necessidades. No entanto, é importante reconhecer que o simples ato de amar traz consigo uma sensação de felicidade.

Fazer o outro feliz é bom, te faz cumprir sua vocação. É bom simplesmente amar. Desejar participar da felicidade é, em si mesmo, um ato de amor próprio. É uma impossibilidade pura e simples amar ao próximo sem antes amar a si mesmo.

Tenho certeza de que você gosta de ser respeitado, então bora respeitar o próximo. Você gosta de receber carinho do seu cônjuge? Então, ame a si mesmo, não para atingir o egoísmo, mas para aprender a amar de verdade.

Existe um conto de fadas dizendo que você deve se amar e satisfazer todas as suas necessidades, dizendo que só assim você estará pronto para amar alguém.

Quem está disposto a amar e esquecer de servir, acabará transformando o outro num objeto. Isto é egoísmo.

Todos os seus caprichos não são necessários para a sua medição de amar o próximo.

Um grande exame de consciência é necessário e para isto, perguntas são necessárias.

Qual foi a última vez que você fez alguma homenagem para alguém?

Quando você fez uma declaração emocionante para o seu amor?

E alguma caridade sem esperar algo em troca, quando você fez?

Tendo feito algo, você sentiu satisfação, uma alegria.

Reconhecer que a alegria do amor é boa e desejar senti-la novamente, é sinal que seu amor próprio está funcionando corretamente.

Você pode sentir esta alegria com mais e mais frequência. É colocar você na medida do amor, sabe aquela frase, odiar o pecado e amar o pecador? Como podemos amar o pecador se odeio quando isto ocorre?

A verdade é que nós mesmos fazemos isto sempre, Quando você comete um pecado (ou age contra sua própria consciência), você odeia aquilo que cometeu, no entanto continua se amando, querendo o seu próprio bem.

Esse é o amor que devemos sentir pelo outro.

Por isso, pense nos seus amores e nas dificuldades que você tem em suas relações e coloque-se no lugar do outro por inteiro.