“Para que um relacionamento dê certo é necessário que cada um dos parceiros deixe a sua própria família. Não somente no sentido concreto, mas que cada um precisa abandonar também alguns princípios que eram válidos em sua família e negociar com seu parceiro novos princípios que, por assim dizer, sejam conformes com ambas as famílias” (Bert Hellinger)
Em virtude de tendermos a ser leais ao sistema familiar de origem, é comum querermos que os costumes e valores de nossa família sejam também os da família que decidimos criar.
Como se trata de duas famílias, é possível que os valores e costumes de cada uma delas sejam diferentes. Nestes casos, é comum que surjam conflitos no relacionamento do casal.
Outras vezes o conflito entre o casal acontece porque para um dos cônjuges o relacionamento dele com os seus pais tem prioridade em relação aos combinados e compromissos para com a própria família.
Situações assim configuram uma inversão de ordem: o novo sistema familiar tem prioridade em relação ao sistema familiar anterior.
Sim, é preciso honrar pais e sogros! No entanto, quando alguém constitui uma nova família e esta se organiza em base a valores diferentes daqueles das famílias de origem, isso não significa que deixou de honrar seus pais. O respeito aos pais não implica na obrigação de adotar os valores e costumes deles.
Por mais difícil que seja a um cônjuge contradizer seu pai ou sua mãe naquilo que, em sua nova família, difere da sua família de origem, ele precisa fazer isso sob pena de fracassar seu casamento.
Costuma ser difícil agir contrariamente aos valores e costumes da família de origem, porque gera um sentimento de culpa. No entanto, assumir esta culpa promove o amadurecimento psicológico. Adultecer é tomar sobre os próprios ombros a responsabilidade das próprias decisões!
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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