Saúde

Vereadores visitam UPAs e alertam para colapso iminente

Tanto as UPAs quanto o hospital estão lotados há semanas devido ao agravamento da pandemia da covid-19

Vereadores visitam UPAs e alertam para colapso iminente

Vereadores de Cascavel visitaram no fim da tarde de ontem (1º) as UPAs Veneza, Tancredo e Brasília e o Hospital de Retaguarda de Cascavel a fim de verificar denúncias feitas por profissionais de saúde do Município e investigadas pelo Ministério Público.

Durante a visita, os parlamentares constataram vários problemas, especialmente a falta de materiais profissionais, baixo estoque ou falta de parcial de medicamentos para intubação e a falta de profissionais de saúde para a realização dos atendimentos.

Tanto as UPAs quanto o hospital estão lotados há semanas devido ao agravamento da pandemia da covid-19.

De acordo com o vereador Sadi Kisiel (Podemos), a alta demanda na procura por atendimento nos últimos três dias tem gerado uma longa fila de espera para o atendimento e sobrecarregado as equipes médicas.

Os parlamentares devem se reunir na Câmara ainda nesta semana para discutir com a Secretaria de Saúde algumas medidas visando desafogar o sistema. “Vamos sugerir algumas medidas. Uma delas seria o retorno do atendimento do Call Center para ajudar na triagem antes de as pessoas procurarem a UPA [Veneza]”.

Presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Cascavel, Edson de Souza (MDB) diz que o principal problema apontado foi a falta de pessoal. “Essa é a maior dificuldade porque a UPA tem a função de atendimento somente de pacientes com covid-19, então o médico que vai fazer o atendimento no suporte fica no suporte, não tem como fazer outro atendimento. Tem também a questão de hora extra, mas só faz hora extra se tem disposição, não é obrigatório. A prefeitura já falou que vai aumentar o número de pessoal para fazer esse atendimento”.

Quanto à denúncia de falta de medicamentos e insumos para a intubação de pacientes, o vereador reforça que o caso é grave em todo o Brasil, não somente em Cascavel. “[Faltam] Alguns materiais de sedação e intubação, mas é um problema que temos em toda a rede do País. No geral, sobre os insumos, segundo as coordenadoras, não estão tendo falta, mas o rocurônio e outros sedativos, realmente, parece que tem falta aqui, mas isso está acontecendo no País inteiro.”

Edson salienta que, neste momento, é hora de organizar o sistema de saúde para o impacto da terceira onda de covid-19. “Agora é hora de fazer um trabalho conjunto. É hora de organizar o sistema de saúde para o impacto que vai ter na pandemia nos próximos dias.”

Diante da sobrecarga nos últimos dias e da dificuldade em encontrar solução, servidores da saúde começaram a organizar uma manifestação para o fim da tarde desta quarta-feira na frente da UPA Veneza.