Cotidiano

Toda a rede estadual volta em julho, afirma o secretário Feder

Feder afirmou que até julho todas as escolas da rede estadual terão retomado as atividades presenciais

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participa  nesta terca-feira (15), de coletiva de imprensa   para esclarecer dúvidas sobre o retorno presencial das aulas na Rede Pública de Ensino do Paraná,  acompanhado do ministro da Educação, Milton Ribeiro e do secretario de Educacao Renato Feder. Curitiba, 15/11/2020. Foto: Geraldo Bubniak/AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participa nesta terca-feira (15), de coletiva de imprensa para esclarecer dúvidas sobre o retorno presencial das aulas na Rede Pública de Ensino do Paraná, acompanhado do ministro da Educação, Milton Ribeiro e do secretario de Educacao Renato Feder. Curitiba, 15/11/2020. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Cascavel – O secretário de Educação e Esportes do Paraná, Renato Feder, esteve na manhã desta quarta-feira (23), em Cascavel, onde se reuniu com prefeitos e secretários municipais de Educação, na 6ª Assembleia Geral Ordinária da Amop (Associação dos Municípios do oeste do Paraná), para discutir a conjuntura educacional no período de pós-pandemia, a gradativa retomada das aulas e o transporte escolar.

Feder afirmou que até julho todas as escolas da rede estadual terão retomado as atividades presenciais. Hoje, 861 colégios dos 2,1 mil estão com aulas presenciais, o que corresponde a cerca de 40%.

De acordo com o secretário, o objetivo é fazer a retomada das atividades presenciais de forma segura, seguindo os protocolos de biossegurança previstos pela Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). “A Secretaria tem um olhar voltado para as escolas estaduais. A gente está agora, com segurança, abrindo as escolas estaduais. Isso é importante. Até o mês de julho, devemos ter todas as escolas estaduais abertas. Já sobre as escolas municipais, cabem às prefeituras decidir. A gente apoia, conversa, mas é uma decisão da prefeitura”, declara.

Outro problema identificado pela Seed (Secretaria da Educação e do Esporte) discutido na reunião foi a evasão escolar. De acordo com Feder, quanto mais demora a retornar às atividades presenciais, mais alunos se evadem do sistema de educação. “Precisa voltar. No Brasil, são quase 40 milhões de alunos. Nesse retorno que o Brasil está fazendo, no retorno às aulas presenciais, milhões de alunos, infelizmente, não vão voltar… Cada dia que a gente demora a voltar é mais um aluno que não retorna. Então, por isso que o retorno é tão importante, para que o futuro do aluno não seja comprometido”.

O secretário acrescentou ainda que a escola deve estar preparada para receber o aluno que está há mais de um ano sem aulas presenciais. “Nesse retorno, é muito importante ter uma escola preparada para receber o aluno, para não permitir a evasão escolar. A secretaria está muito preocupada para que o aluno não abandone a escola. É um tema extremamente importante, então, vamos discutir como a gente vai tratar isso para atrair o aluno, para que o receba bem para que ele volte e não abandone a escola”, destacou e acrescentou: “Onde a gente retoma está indo muito bem. O retorno às aulas está sendo extremamente seguro, os protocolos estão sendo seguidos, os alunos estão indo, seguindo o revezamento, todos de máscara, com aferição de temperatura e, se há algum problema na escola, a gente fecha turma ou fecha a escola. Pelo relato das escolas que já estão abertas, é que a educação está indo muito bem”.

 

Cortes nas Apaes geram polêmica

 

Um dos assuntos abordados com o secretário de Educação, Renato Feder, é o risco de corte de verba do governo do Estado com as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que pode causar redução na estrutura das escolas.

As Apaes do Paraná e o governo do Estado possuem um convênio que será encerrado em 31 de julho de 2021. Para a continuação da oferta de educação básica na modalidade de educação especial aos alunos, um novo termo foi editado pela Secretaria de Educação, contudo, presidentes e diretores das Apaes do Paraná afirmam que o novo convênio irá reduzir o repasse de recursos e, por consequência, levará à demissão de profissionais e o fechamento de turmas.

Questionado sobre o assunto, Feder garantiu que o novo convênio não irá diminuir os recursos repassados às instituições. Segundo ele, o repasse atual de R$ 500 milhões será aumentado e garantiu que nenhum profissional será afetado pelo novo termo: “Os professores do Estado continuam nas Apaes, nenhum vai ser demitido, a gente nem pode fazer isso. Os professores contratados pelas Apaes também não deveriam [ser dispensados], porque o recurso do Estado continua e é até reforçado, então, não deveria ter motivo”.