Cotidiano

Sem acordo, Correios podem entrar em greve

Brasília – O encontro entre a direção dos Correios e as federações dos trabalhadores para assinar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2018/2019) foi frustrado. As partes se encontraram na terça-feira (21), no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília, a pedido do vice-presidente, o ministro Renato de Lacerda Paiva. Após a decisão em assembleias pela manutenção do atual texto do acordo trabalhista, a expectativa era de que o acordo fosse oficializado, o que não aconteceu devido a uma manobra da empresa, acusa a federação dos trabalhadores nos Correios.

A proposta do magistrado para evitar a deflagração da greve na semana passada, confirmada pela empresa, era de reposição do índice cheio do INPC, de 3,61%, mais a reedição do acordo. A mesma proposta incluía os outros itens da cláusula sobre o plano, exceto das que tratam do custeio do Postal Saúde. O assunto está tramitação no Tribunal, onde correm embargos impetrados pela Fentect para barrar a cobrança de mensalidade do plano. O acordo aprovado deixa a cláusula em aberto para que a definição sobre o plano viesse após a sentença aos embargos.

"Essa proposta foi amplamente divulgada pelo presidente dos Correios, Carlos Fortner, pedindo que fosse aceita. Foi aprovada pelos trabalhadores ecetistas de todo o país, durante as assembleias do dia 14 de agosto. Na assinatura do acordo e contrariando tudo que foi dito até então, a direção dos Correios tentou sabotar o ponto de maior impacto na categoria", diz nota da federação.

Os dirigentes sindicais consideraram inaceitável assinar o acordo nesses termos. O ministro marcou nova reunião para a próxima quarta, 29 de agosto, e se comprometeu a tentar falar diretamente com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

A orientação das federações que representam os funcionários dos Correios é de que os trabalhadores, que continuam em estado de greve, mantenham-se mobilizados e alertas.

Reta final

No Estado do Paraná, 231,8 mil crianças de um ano a menores de cinco precisam buscar os postos de saúde para receber a vacina contra a pólio e o sarampo. Até essa quarta-feira (22), cerca de 60% do público-alvo do Estado havia recebido a vacina contra essas doenças.

A Campanha Nacional Contra a Poliomielite e Sarampo está na reta final e segue até o dia 31 de agosto. Em todo o País, 5 milhões de crianças ainda precisam ser vacinadas. A última atualização dos estados aponta que 56% das crianças de todo o Brasil já receberam proteção contra as doenças.