Cotidiano

Presidente da Lar classifica pedágio como ?sócio indesejado?

Impacto da alta tarifa no custo de produção do milho é de 7,4%

Medianeira – Considerando que o alto valor das tarifas de pedágios no Paraná penaliza o setor produtivo paranaense e compromete a competitividade do agronegócio, o presidente da Cooperativa Agroindustrial Lar, Irineo Rodrigues, disse que o maior prejudicado é o produtor rural, “que receberá menos pela produção”, uma vez que o custo não poderá ser repassado ao mercado.

Sediada em Medianeira, no extremo-oeste paranaense, a Lar fica cerca de 700 quilômetros distante do Porto de Paranaguá. Por isso, é uma das cooperativas que mais sofrem o efeito do pedágio no transporte da produção.

Rodrigues lembra que estudo da Ocepar demonstra que, por exemplo, o impacto desta tarifa no custo de produção do milho é de 7,4%, no trajeto Cascavel até Paranaguá. O total desembolsado nas praças de pedágio pelo transporte nesse trecho equivale a 28 sacas do cereal.

“O pedágio é um sócio indesejado, pois, apesar de o maior trecho das estradas não ser duplicado, tem um custo absurdamente alto em relação a outros do país. Cobram alto e não entregam os serviços, que seriam a contrapartida”, diz.

Ele ilustra a situação ao citar o caso do calcário que, da região de Curitiba até Medianeira, tem elevação de 30% no custo por causa do pedágio.

“Isso onera muito a produção primária, que tem lucratividade em torno de 5% ao ano”, acentua.

(Com informações de assessoria)