Policial

Polícia paraguaia apreende mais de 500 quilos de cocaína em contêineres de carvão vegetal

A polícia localizou a cocaína ao fazer as buscas no nono contêiner aberto, depois de confirmar a existência da droga nos carregamentos que seguiriam para o porto de Antuérpia, na Bélgica

Polícia paraguaia apreende mais de 500 quilos de cocaína em contêineres de carvão vegetal

Um novo recorde histórico de apreensão de cocaína, no Paraguai: além dos 2.331 quilos apreendidos dentro de contêineres de carvão, na segunda-feira (19), foram encontrados mais 500 kg da droga nesta sexta-feira, 23. A apreensão total passou a 2.831 quilos.

A polícia localizou a cocaína ao fazer as buscas no nono contêiner aberto, depois de confirmar a existência da droga nos carregamentos que seguiriam para o porto de Antuérpia, na Bélgica, e dali seriam distribuídos para outros países, inclusive Israel.

No total, há 11 contêineres de carvão vegetal no porto privado Terport, no município de Villeta, a 37 km de Assunção. Cinco deles pertencem a uma empresa exportadora e seis a outra, mas o destino de toda a carga era o mesmo, a Bélgica.

Há duas pessoas detidas. Uma delas é o advogado César Turrini Ayala, de 49 anos, que já foi presidente da TV Pública Paraguaia.

Ele é considerado um intermediário entre traficantes e compradores europeus. Há um mês, como noticiou o ABC Color, ele passou a entrar em contato com várias empresas produtoras de carvão vegetal, pedindo que enviassem o estoque disponível a um depósito com o mesmo endereço de onde havia sido retida uma remessa na Bélgica.

Foi a partir dali que a polícia do Paraguai começou um trabalho de vigilância do depósito, para conferir quantos caminhões carregados de carvão entravam no depósito e quantos contèineres saíam dali para o porto Terport.

A intervenção da polícia ocorreu quando um navio já estava preparado para zarpar rumo à Europa, na última segunda-feira.

O segundo detido é o empresário Alberto Ayala Jacquet, para quem o Ministério Público pediu prisão preventiva por tráfico de drogas.

Ele é responsável pela empresa 3A, que aparece como a exportadora que tramitou o despacho de seis contêineres com a mistura de carvão vegetal e cocaína.

O empresário se defendeu dizendo que um de seus sócios, que também exporta carvão, havia comentado que Turrini estava envolvido com o tráfico de drogas, mas disse que nunca entrou em contato com ele.

Fonte: H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta