Cotidiano

Pezão teve festa de fim de ano paga por Cabral

2016 916983294-2016 896998495-2016 896723656-2016 894461567-2016030817123554.jpgRIO ? Entre os amigos e aliados que o ex-governador Sérgio Cabral costumava receber e financiar em festas de fim de ano no Hotel Portobello, em Mangaratiba, onde possuía uma mansão, aparece o nome do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Ele se hospedou no Portobello em pelo menos três ocasiões, com gastos de cerca de R$ 40 mil somente em diárias, nos réveillons de 2009, 2010, 2011 e 2012. Porém, só há referência a pagamento feito por Cabral, nas notas anexadas a um dos processos decorrentes da Operação Calicute, no ano de 2010: R$ 5.660. Pezão informou, através de sua assessoria de imprensa, que não iria se pronunciar.

Entre as pessoas que estiveram no resort na lista de Cabral, estão outros presos na Operação Calicute, como o ex-secretário de Obras, Hudson Braga, e Luiz Carlos Bezerra, considerado um dos operadores do ex-governador no esquema de propinas investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF).

DIÁRIAS DE R$ 6 MIL COM BABÁ

Entre os gastos relacionados pelo Hotel Portobello, ainda há duas curiosidades. No réveillon de 2012, Cabral chegou a hospedar uma pessoa identificada como ?Rita (babá)? no hotel. Os gastos com diárias somaram R$ 6.750.

A última conta relacionada ao ex-governador ocorreu pela hospedagem, entre 11 e 15 de novembro, de Aline Jeucken da Silva. Ela é apontada pelo MPF como uma espécie de ?testa de ferro? de Cabral, junto com o marido, o bombeiro e assessor pessoal Pedro Ramos de Miranda, na compra de milhões de reais em joias.

Cabral também bancou diárias no Portobello para o conselheiro e presidente eleito para o biênio 2017/2018 do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Aloysio Neves, nas festas de ano novo em 2010, 2012 e 2013. Os gastos foram de R$ 23,2 mil.

O ex-governador foi preso no dia 17 de novembro, no Rio, e transferido para Curitiba, no último dia 10, depois que o MP do Rio recebeu denúncias de que ele tinha regalias no presídio de Bangu 8. Ontem, Cabral voltou a Bangu 8. O escritório de advocacia que o defende foi procurado por e-mail, mas não houve retorno.