Saúde

Nível de ocupação no Paraná é um dos maiores do País

No Brasil, o nível de ocupação, que representa o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupados, está em 49%

23/04/2020 Governador Carlos Massa Ratinho Junior, entrega leitos do Hospital Universitario de Londrina.
Foto Gilson Abreu
23/04/2020 Governador Carlos Massa Ratinho Junior, entrega leitos do Hospital Universitario de Londrina. Foto Gilson Abreu

Curitiba – O Paraná apresentou em junho nível de ocupação de 55,4% dos moradores, o terceiro maior do País, atrás apenas de Santa Catarina (56,7%) e do Mato Grosso (55,9%). No Brasil, o nível de ocupação, que representa o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupados, está em 49%.

Os dados foram apresentados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), com base na Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A Pnad Covid-19 mostra que 461.156 pessoas deixaram de procurar emprego mês passado no Paraná devido à pandemia (isolamento social). Outros 648 mil moradores do Estado procuraram trabalho, o que mostra que a taxa de desocupação do Estado estava em 11,1%, um pouco acima dos 10% registrados em maio. Além disso, 574 mil estavam afastados do trabalho e 250 mil deixaram de receber remuneração em junho.

Por causa da pandemia, 10,4% dos trabalhadores estavam atuando de forma remota no Estado (no Brasil eram 12,7%) e a taxa de informalidade das pessoas ocupadas estava em 27,3%, número abaixo da média nacional, que era de 34,8%. O Paraná, junto com os outros estados do Sul, apresenta uma das menores informalidades entre as unidades da federação.

“Temos em mãos um retrato do que está acontecendo no Estado do Paraná. Esses números vão nos ajudar na construção do plano de retomada da economia que está em andamento e que esperamos poder colocar em prática em breve”, disse o secretário estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge.

Mais afetados

A pesquisa revela que as dez profissões mais afetadas pelo novo coronavírus respondem por 53% dos afastamentos ocorridos em virtude do distanciamento social. A mais afetada em termos absolutos foi a de empregados domésticos – 38 mil pessoas foram afastadas (93,9% da categoria profissional deixou de receber remuneração). No caso de cabeleireiro, manicure e afins, 19 mil pessoas foram afastadas do trabalho e 96,9% deixaram de ser remuneradas. Também foram afetados vendedores, pedreiros, professores de educação física, motoristas de aplicativos, auxiliares de escritório e outros profissionais.

Já o auxílio emergencial pago pelo governo federal contribuiu para o aumento da renda domiciliar média per capita em todos os decis, isto é, nos dez segmentos com a mesma quantidade de pessoas, das mais pobres às mais ricas. No Paraná, 35,7% dos domicílios receberam auxílio da União (no Brasil, 43% receberam em junho). Com isso, no primeiro decil, a renda domiciliar per capita sem auxílio emergencial era de R$ 92 e, com o benefício, subiu para R$ 379, com um incremento de R$ 287. No décimo decil, passou de R$ 6.235 para R$ 6.247.