Opinião

Muita cautela!

 

 

Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde mostrou que a variante Ômicron chegou a atingir quase 70% dos casos positivos de Covid-19 no dia 25 de dezembro. Desde o início do mês, a incidência da nova cepa foi de 31,7%, sendo encontrada em oito estados brasileiros. Os laboratórios Dasa e DB Molecular — parceiros do ITpS no levantamento — analisaram 30.483 testes RT-PCR Especial, dos quais 640 deram positivo para o coronavírus. As amostras foram coletadas entre 1 e 25 de dezembro, em 16 estados. Dentre os testes positivos para Covid-19, os cientistas encontraram em 203 deles a variante Ômicron. A informação divulgada pelo Jornal O Globo, ontem, reforça todos os apelos feitos até agora para os cuidados com a “Festa da Virada”.

Matéria de hoje (30), publicada na página 12, informa que a Ômicron restringiu as festas de réveillon em todo o país. Pelo menos 20 capitais cancelaram a realização de shows e eventos artísticos para evitar a aglomeração de pessoas. No entanto, em algumas capitais, a queima de fogos foi mantida. E, apesar da “restrição” oficial anunciada, as festas de fim de ano trouxeram, inegavelmente, uma sensação de liberdade bastante preocupante.

Além das festas familiares e de círculos de amizade que projetam ser mais intensas do que foi no Natal, quando o espírito cristão da festa ainda favorece o controle, a virada de ano, somadas as férias e recessos das empresas e poder público, têm “incentivado” dos excessos. Mesmo com o avanço da vacinação, as medidas de distanciamento social preventivo, uso de máscara e álcool em gel, sob hipótese alguma podem ser negligenciadas.

Além da Covid-19, ainda há grande preocupação com os excessos no trânsito e embriaguez ao volante que marcaram tragicamente o feriadão de Natal. O bem-estar pessoal, familiar e coletivo é, também, o resultado das escolhas que cada cidadão faz. A ação irresponsável e inconsequente é sinônimo de desrespeito a própria vida e a de terceiros.

O tema é recorrente, por vezes até enfadonho pela repetição, porém, enquanto a conscientização não for a “força motriz” em todas as áreas, é preciso repetir e repetir. Quiçá o balanço das “Operações Ano Novo” sejam muito melhores do que foram os números do Natal. Prepare-se! Cuide-se! E viva bem em 2022.