Cotidiano

Meio ambiente deve considerar desenvolvimento e conservação

Cascavel – A área de meio ambiente ainda não tem nomes indicados nos próximos governos, nem na esfera estadual nem nacional. Há evidente queda de braço entre desenvolvimentistas e conservacionistas. O certo é que nesse setor existe um nó a ser desatado para que o Paraná e o Brasil comecem a avançar com mais rapidez.

Tanto o Ministério como a Secretaria Estadual do Meio Ambiente são peças fundamentais para que empreendimentos produtivos saiam do papel. As pastas e os órgãos vinculados a elas é que podem fazer acelerar ou frear projetos de interesse da nação.

O presidente eleito Jair Bolsonaro já declarou que pretende escolher um ministro que “defenda os interesses do País”. Com essa posição, deixa clara a sinalização de que deverá indicar um profissional com perfil desenvolvimentista.

A intenção vai ao encontro com o que espera a SRB (Sociedade Rural Brasileira), por exemplo. Em nota, a entidade espera a indicação de nomes que possam conciliar os interesses do produtor rural pelo aumento da produtividade com as questões ambientais de “forma objetiva, com prioridade ao respeito às leis e às instituições”.

Para a pasta federal, Marcelo Vieira, presidente da SRB, defende o nome do advogado paulista Ricardo Salles: “É um profissional que pode trazer modernidade, segurança jurídica e eficiência para a gestão do ministério”.

Litoral do Paraná

O Paraná experimenta algum radicalismo na questão do meio ambiente. Exemplo disso é um dos principais projetos elaborados pelo governo do Estado, a Faixa de Infraestrutura do Litoral, está travado por conta da discussão ambiental. Mesmo que haja dentro da proposta uma série de compensações em relação ao impacto da obra sobre o ecossistema, o assunto acabou judicializado por influência de grupos ambientalistas.

O governador eleito Ratinho Jr (PSD) afirmou durante a campanha eleitoral que entende que a preservação ambiental tem que caminhar ao lado da necessidade de desenvolvimento regional. Declarou que, nessa área, as decisões precisam ser técnicas.

Essa posição está em linha com o desejo do setor produtivo do Paraná. A Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) também defende que a atuação do setor público na esfera ambiental deve ser aliada da produção e da preservação.