Cotidiano

Marinha para duas das três balsas em Santa Helena

Ambas estariam com problemas documentais; administração do porto diz já foram resolvidos

Santa Helena – Uma fiscalização da Marinha do Brasil no Porto em Santa Helena, no Rio Paraná, interrompeu as atividades de duas das três balsas brasileiras que operam na travessia entre o Brasil com o Paraguai e no caminho inverso.

Há pelo menos cinco dias apenas duas – considerando que uma em atividade é paraguaia – estão fazendo a trajetória, provocando em determinados horários lentidão e até congestionamento no deslocamento intrafronteiriço.

O motivo da apreensão, segundo a administração do Porto, é de ordem documental, sem precisar que tipo de problema foi encontrado. Uma das balsas teria sido liberada ontem e a outra deve entrar novamente em operação hoje. Isso para garantir uma média de fluxo diário de quase 160 caminhões indo e vindo. Os que vêm do Paraguai trazem prioritariamente soja, milho e trigo. Daqui para lá a prioridade são os adubos e as estruturas para a montagem de silos.

O movimento intenso tem feito com que, além das três travessias diárias fixas, as balsas façam viagens extras durante todo o dia, inclusive nos fins de semana. Ainda de acordo com a administração do porto, esse fluxo maior de caminhões tem sido observado há pelo menos três meses e tem aumentado gradativamente. O ápice deve ser em janeiro e fevereiro durante a colheita da soja e do milho no país vizinho.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Helena, Lenecir José Benacchio, o porto é um reflexo da pujança do Município. O elevado volume de caminhões indo e vindo resultaram em 2016 num movimento de US$ 23 milhões em produtos brasileiros levados para o Paraguai e de US$ 103 milhões que vieram, principalmente, com grãos para abastecer cooperativas e frigoríficos da região. “A meta para este ano é bater esses valores e em mais algumas semanas esses dados devem ser finalizados”, afirmou.