Agronegócio

Lavouras têm infestação de lagartas e percevejos

Cafelândia – O clima extremamente favorável tem animado produtores que cultivam soja e milho nesta safra de verão. Em todo o oeste, a cultura com maior área é a soja, com quase 1,1 milhão de hectares e que promete render 3,9 milhões de toneladas.

A avaliação feita pelo técnico José Pértille, do Deral (Departamento de Economia Rural) no Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, é de que, se as condições seguirem assim até o fim do ciclo, em janeiro e fevereiro, o oeste tem tudo para alcançar produtividades recordes para ambas as culturas. A produção só não será a maior da história porque a área neste ano é um pouco menor que nos cultivos anteriores.

Mas se por um lado os fatores climáticos têm favorecido o bom desenvolvimento no campo, por outro o clima é propício para o aparecimento de algumas pragas que começam a tirar o sono do produtor.

Além dos casos de ferrugem da soja já foram encontrados em cinco lavouras comerciais nos municípios de Marechal Cândido Rondon, Toledo, Nova Aurora, Terra Roxa e São Pedro do Iguaçu e a identificação de esporos em diversas localidades, começam a ser identificadas agora lavouras com infestação de lagarta e percevejo.

Nas lavouras da família de Neudi Alceu Magrin já foram identificados danos provocados pelos dois insetos. A medida emergencial, obedecendo a protocolos agronômicos, foi fazer imediatamente uma aplicação preventiva de pesticida. “Encontramos percevejos nas lavouras e danos provocados pelas lagartas, mas não encontramos as lagartas propriamente ditas. Mesmo assim, a aplicação preventiva está na reta final para proteger o cultivo”, disse o produtor.

A área da família – que soma 1,5 mil hectares entre os municípios de Cascavel, Tupãssi e Cafelândia – já está protegida e o produtor estima que neste ano, em decorrência dos fatores climáticos, terá de fazer pelo menos quatro aplicações. “Esta que fizemos agora foi a segunda, em poucos dias faremos a terceira e, pelo que observamos do clima, acreditamos que sejam necessárias quatro aplicações. Temos reduzido o intervalo de aplicação de 18 para 14 dias. Por outro lado, o desenvolvimento está excepcional”, reforça.

Neste momento, as áreas cultivadas com soja na região oeste estão: 40% em desenvolvimento vegetativo, 35% em floração e 25% em frutificação.

Quanto ao milho, perto de 30 mil hectares em toda a região, 70% está em desenvolvimento vegetativo e 30% em floração.