Cotidiano

Hospital Regional: Obras estão paradas há um mês; MP analisa informações

A novela sobre o hospital, pronto há quatro anos e que mesmo sem nunca ter funcionado precisa passar por reforma e adequação, vai além do TAC descumprido pela prefeitura e da indefinição quanto à gestão da unidade.

Hospital Regional: Obras estão paradas há um mês; MP analisa informações

Toledo – Um mês depois de a Justiça determinar a suspensão das obras de reforma e adequação do prédio do Hospital Regional de Toledo, o Ministério Público analisa agora as informações que a prefeitura apresentou para tentar atender ao pedido de decidir quem vai gerir a unidade.

O MP argumenta que a obra que vai custar mais de R$ 9 milhões pode ter que ser refeita caso a gestão e os serviços a serem oferecidos no local não sejam condizentes com o que os gestores decidirem. Isso porque falta um plano de gestão.

Outro apontamento é que, no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Município, o MP deixou claro que o plano de gestão tinha de ser informado antes de a obra ser realizada, o que não aconteceu.

As informações do Município foram enviadas no fim do mês passado, logo depois de o Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste) aprovar em assembleia a mudança no estatuto que permite a gestão de hospitais. Assim, ele assumiria o Hospital Regional.

A prefeitura diz que o Consamu já abriu concurso público para contratação dos funcionários e que isso foi informado ao MP e ao Poder Judiciário.

 O que diz o MP

A Promotoria de Patrimônio Público, que entrou com o pedido de suspensão na Justiça, informou que está na fase final da análise das informações remetidas pelo Município.

Conselho de Saúde

A novela sobre o hospital, pronto há quatro anos e que mesmo sem nunca ter funcionado precisa passar por reforma e adequação, vai além do TAC descumprido pela prefeitura e da indefinição quanto à gestão da unidade.

O Conselho Municipal de Saúde de Toledo diz que não recebeu qualquer informação oficial sobre o Hospital Regional, apenas estudos preliminares da possível gestão do Consamu. A falta de deliberações do Conselho sobre o HRT já foi questionada pelo Ministério Público.

A presidente Daniela Pollis Brandine afirma que vários ofícios e pedidos para participar das reuniões e das tratativas sobre o HRT foram enviados ao Município, mas nada foi respondido.

A reportagem procurou o Município sobre a situação, mas não houve retorno.