Política

Giro político do dia 03 de julho de 2019

Rejeição leva a críticas

Embora tenha apresentado inicialmente apoio à emenda que dava permissão ao prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) definir as atividades possíveis nos quiosques por decreto, a falta do vereador líder de Governo, Romulo Quintino (PSL), na sessão de ontem foi decisiva para a rejeição da proposta feita pelo vereador Olavo Santos (PHS). Foram dez votos contrários à emenda e nove favoráveis. Com isso, 22 atividades ficam proibidas nos espaços públicos: açougue; peixaria; produtos explosivos, de odores sensíveis e inflamáveis; fliperama; aviário e venda de animais; calçados; autopeças; autoelétrica; artigos religiosos; agência funerária; colchões; tintas; vidraçaria; artigos de caça e pesca; serviços de encanador e eletricista; oficina de consertos; lojas de eletrodomésticos; oficina de conserto de bicicletas; oficina mecânica; dedetizadora; despachante; fumígeno. Quintino não justificou a falta – terá descontado do subsídio.

Líder?

O resultado da votação causou grande revolta em Olavo, que, na sessão anterior, disse que só votaria a favor do projeto caso a emenda fosse aprovada pela base, o que não ocorreu. Insatisfeito, Santos direcionou o discurso a Romulo: “O líder de Governo caiu? Não é Romulo Quintino? Não li nenhum oficio indicando troca de governo – se tiver, quero cópia. Pra mim, é ex-líder. Se não caiu, vai cair, não manda mais nada. Ou nunca foi líder”.

Crise

Como os vereadores da base também ignoraram a birra de Olavo, ele mirou o Executivo: “Um governo dividido se esfacela e acaba derrotado. Fizemos a emenda para consertar as lambanças do Paço, consertar erros de gente incompetente. Hoje vimos que o governo está dividido, rachado… Está abrindo uma cratera política. Talvez por vaidade não se pensa pelo bem de Cascavel”.

Respeito

Procurado pela reportagem, Romulo disse que estava resolvendo questões familiares. Sobre a rejeição à emenda, ressalta que respeita a individualidade dos parlamentares: “No meu entendimento, a emenda deveria ser aprovada. Mas alguns vereadores analisaram a fundo e a rejeitaram e respeitamos a individualidade, cada um vota como quer. Não colocamos faca no pescoço de ninguém”.

Audiência

Uma audiência pública é organizada para debater o fim da Cettrans. A Comissão Permanente de Segurança e Trânsito do Legislativo municipal propôs o debate para as 19h de 10 de julho para saber a opinião da comunidade. Para embasar a discussão, os vereadores requereram uma avalanche de documentos à Prefeitura.

Insustentável

Servidores da Cettrans alegam pressão e alguns já decidiram pedir exoneração. Uma situação que causou grande desconforto foi a alteração de linhas no Bela Vista – situação já revertida. O enfraquecimento seria uma forma de forçar o fim da companhia.