Policial

Família pede providências; Saúde nega negligência

Comoção e mobilização marcaram o enterro de Vandelei

Foto: Aílton Santos
Foto: Aílton Santos

O sepultamento de Vanderlei Xavantes, 43 anos, reuniu amigos, familiares e colegas de trabalho, que fizeram uma manifestação utilizando o caminhão com o qual ele trabalhava na Ceasa, buzinando durante todo o cortejo do corpo do velório até o Cemitério Cristo Redentor, no Bairro Guarujá. “É uma forma de chamar a atenção para o que aconteceu. Os amigos motoristas queriam fazer um movimento maior, com todos os caminhões, mas a família preferiu que fosse assim, só com o dele. Depois vamos pedir na Justiça as providências necessárias”, disse Altamiro Malaguti, ex-cunhado de Vanderlei.

A família denuncia negligência médica, pois afirma que Vanderlei procurou a UPA Veneza na manhã de segunda-feira muito mal, mas, após ser diagnosticado com virose, foi dispensado pelo médico. Horas depois o estado de saúde dele piorou e ele voltou à unidade, mas não resistiu e morreu no local.

O que diz o Município

A Secretaria de Cascavel emitiu nota afirmando que na primeira consulta o paciente não citou queixa de dor que sugerisse infarto e que na segunda vez que procurou a UPA já chegou com os sinais vitais alterados e foi imediatamente ao suporte de vidas, não resistindo e morrendo no local.

A secretaria nega negligência e afirma que foram respeitados todos os critérios técnicos para atendimento. Ressalta ainda que o resultado da necropsia do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos), extraoficialmente, “sugere infarto agudo do miocárdio extenso que, infelizmente, dificilmente seria revertido em qualquer nível hospitalar”.