Política

Esplanada: fenômeno nas urnas, rearranjos e a ascensão meteórica de Guilherme Boulos (Psol)

Esplanada: fenômeno nas urnas, rearranjos e a ascensão meteórica de Guilherme Boulos (Psol)

Novo em baixa

Fenômeno nas urnas em 2018 nas eleições majoritárias, com eleição de Romeu Zema governador de Minas Gerais – terceiro colégio eleitoral do Brasil – e significativa votação no neófito João Amoêdo para presidente, o Novo sucumbiu nas eleições municipais. Não conseguiu eleger um vereador nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que somam mais de 1,5 mil dos 5,5 mil municípios do País. Em Minas, mesmo com a vitrine para Zema, o partido só concorreu a cinco prefeituras, das 855 do pleito.

Rearranjos

Muito da dificuldade do Novo vem do seu conflito no comando – com Amoêdo afastado – e da falta de sintonia de diretórios com a Executiva. Pesa também o fato de abrirem mão do fundo eleitoral, usado com pompas pelos partidos tradicionais.

Onda Boulos

A ascensão meteórica de Guilherme Boulos (Psol) na disputa do segundo turno em São Paulo contra Bruno Covas (PSDB) o torna o maior nome nacional da esquerda hoje. Até sexta, as pesquisas vão mostrar ele colado no prefeito que tenta a reeleição.

Adversário perfeito

A eventual vitória de Boulos – cenário difícil, mas não impossível – pode favorecer Jair Bolsonaro. O presidente não tem um nome da esquerda para confrontar e polarizar na disputa nacional em 2022. Sem Lula no páreo, Boulos pode ser a vitrine a atirar pedras.

Risco Dória

João Dória Jr, de SP, corre risco eleitoral. Se Covas perder, será uma derrota também do governador – que viu Márcio França ter mais votos na capital contra ele em 2018.

Caiu o Gibe

O eleito de São Paulo de Olivença (AM), Nazareno Martins, o Gibe (Republicanos), não será diplomado pelo TRE por falsidade de documentos. A Secretaria de Educação do Amazonas confirmou que não procede a declaração de escolaridade que apresentou à Justiça Eleitoral, conforme documentos de posse da Coluna.

Highlander

Ontem registramos que Gibe estava na mira da Justiça Eleitoral pelo fato de ter apresentado documento de conclusão de ensino do ano de 1877. Seria ele um candidato Highlander, alusão ao personagem imortal do famoso filme.

Fundão (do poço)

Os maiores fundos eleitorais não ajudaram PSL e PT a elegerem prefeitos como queriam. Os petistas tiveram à disposição R$ 200,9 milhões, e o PSL ficou com R$ 193,7 milhões.

***Fora das urnas

A disputa entre João Campos (PSB) e Marília Arraes PT) está tensa no staff. O publicitário Ricardo Carvalho acusa a viúva de Eduardo Campos e mãe de João, Renata Campos, de forçar a candidatura do filho. Ricardo Leitão – que já foi publicitário de Jarbas Vasconcelos – ameaça Carvalho com processo para que esclareça o suposto uso da máquina pública.

***Desalinhados

Expoentes não estão respeitando as determinações dos partidos e vão votar ou apoiar a petista no Recife. É caso do deputado estadual do PCdoB e ex-prefeito do Recife João Paulo, do deputado federal Túlo Gadelha (PDT-PE) e até o governador do Maranhão Flavio Dino (PCdoB).

Zé Esplanador

Zé Esplanador, nosso leitor instigado – “Perguntar não Ofende, Cobrar é de Direito” -, está quebrando cabeça para adivinhar o que os marqueteiros do Carrefour preparam para a Black Friday na sexta.