Cotidiano

Empreiteiros irão cumprir pena de 15 anos em prisão domiciliar

Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef também foram condenados no processo

Curitiba – A Justiça Federal condenou a cúpula da empreiteira Camargo Corrêa por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras.

O ex-presidente Dalton dos Santos Avancini e o ex-vice-presidente Eduardo Leite pegaram 15 anos e dez meses de reclusão. Os dois fizeram delação premiada nos autos da Operação Lava Jato e, por força de lei, o juiz Sérgio Moro teve de conceder a eles regime de prisão domiciliar.

Também foram sentenciados outros implicados no caso. O ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, pegou nove anos e seis meses de reclusão por corrupção e pertinência à organização criminosa. Já o ex-agente da PF Jayme Alves de Oliveira Filho, o Jayme Careta, foi condenado a 11 anos e dez meses.

Na mesma sentença, Moro absolveu o empresário Márcio Andrade Bonilho, do Grupo Sanko Sider, do crime de corrupção ativa, por falta de provas. Também foi absolvido Adarico Negromonte Filho – irmão do ex-ministro das Cidades do Governo Dilma Mário Negromonte – da imputação do crime de pertinência à organização criminosa e de lavagem de dinheiro.

Costa e Youssef

Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef também foram condenados neste mesmo processo. Costa pegou 12 anos de reclusão, dois quais apenas um em regime fechado. Já Youssef foi sentenciado a oito anos e quatro meses de prisão, mas apenas quatro em regime fechado. Ambos também fizeram delação premiada.