Agronegócio

Emater ajuda produtor de feijão e milho a aumentar produtividade

Técnicos do projeto Grãos Centro-Sul de Feijão e Milho se reúnem em Ponta Grossa para definir as ações que devem ser realizadas com cerca de 2 mil famílias de agricultores, em cerca de 40 municípios nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Ivaiporã, Guarapuava, Irati e União da Vitória.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou nesta quinta-feira (28) em Ponta Grossa do lançamento da cultivar de feijão-preto IPR Urutau, elaborada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).  -  Ponta Grossa, 28/03/2019  -  Foto: Divulgação Iapar
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, participou nesta quinta-feira (28) em Ponta Grossa do lançamento da cultivar de feijão-preto IPR Urutau, elaborada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). - Ponta Grossa, 28/03/2019 - Foto: Divulgação Iapar

Produtores paranaenses se preparam para o início do plantio de mais uma safra de verão. Por isso, nesta semana, técnicos e pesquisadores do projeto Grãos Centro-Sul de Feijão e Milho se reúnem em Ponta Grossa para definir as ações que devem ser realizadas com cerca de 2 mil famílias de agricultores, em cerca de 40 municípios nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Ivaiporã, Guarapuava, Irati e União da Vitória.

O projeto Grãos de Feijão e Milho para o Centro-Sul do Estado é desenvolvido pela Emater há 20 anos, em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), empresa Syngenta e prefeituras.

O trabalho tem como objetivo levar tecnologias capazes de ajudar as famílias atendidas a aumentar a produtividade das culturas de milho e feijão, cuidando do meio ambiente, ganhando mais dinheiro e melhorando a condição de vida delas na propriedade.

Os dados obtidos na safra 2017/2018 ilustram bem os resultados positivos da ação realizada pela Emater e seus parceiros. No caso da cultura do feijão, a produtividade média obtida nas lavouras consideradas referências do projeto foi de 37,5 sacas por hectare, com índice máximo de 60,7 sacas por hectare, enquanto que, no mesmo ano, a média estadual chegou a 24,5 sacas por hectare e no Brasil em apenas 16,3 sacas de feijão por hectare.

Na cultura do milho o sucesso se repete. Se a produtividade média nacional da safra 2017/2018 ficou em 80,9 sacas por hectare e no Paraná 81,3 sacas, as unidades demonstrativas orientadas pelo projeto Centro-Sul de Feijão e Milho atingiram a marca média de 155,1 sacas de milho por hectare, com a produtividade máxima de 225 sacas por hectare.

O coordenador estadual desta ação, o engenheiro agrônomo Germano Kusdra, da Emater de Ipiranga, destaca que a transferência dessas tecnologias que ajudam os produtores a conquistarem os bons resultados agronômicos, econômicos, sociais e ambientais é feita com a colaboração de outras 120 famílias.

“Esses produtores cedem as suas propriedades para os técnicos da Emater instalarem o que nós definimos como unidades demonstrativas. Não são campos de experimentos, são áreas que o agricultor toca do jeito que sempre faz, apenas aplicando os protocolos que o projeto recomenda”, explica Kusdra.

As tecnologias, apresentadas como solução para os produtores participantes do projeto, primeiro levam em conta a necessidade de cuidar bem do solo, o que inclui uma correta avaliação das condições de fertilidade, visando a recomendação racional dos corretivos e adubos, e a promoção da rotação de culturas e do plantio direto na palha.

“Além de facilitar o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, a absorção mais eficientes dos nutrientes disponíveis, também contribui com a melhor retenção das águas das chuvas, diminuindo o processo erosivo e os prejuízos provocados por eventuais períodos de estiagem”, relata Germano.

Depois, vem a escolha de cultivares melhoradas geneticamente, a maioria delas desenvolvidas pelo Iapar, IAC, Syngenta e Embrapa, instituições parceiras do projeto. “Na condução das plantações, ainda temos o cuidado de usar as ferramentas químicas, como os inseticidas e fungicidas, apenas quando realmente é necessário e, mesmo nesses casos, fazendo a opção por produtos mais seletivos e de menor impacto sobre o meio ambiente”, explica Kusdra.

Segundo o engenheiro agrônomo, há sempre o cuidado de empregar uma boa tecnologia de aplicação, evitando derivas para outras lavouras, e assegurando que o produto aplicado de fato atinja seu alvo e traga o resultado esperado pelo produtor e o técnico responsável pela orientação.