Cotidiano

Em alerta: Infestação da dengue preocupa

O índice é de 5,7, considerado alto, bem acima do 1% preconizado

Em alerta: Infestação da dengue preocupa

Marechal Cândido Rondon – O Programa Municipal de Controle da Dengue de Marechal Cândido Rondon apresentou o resultado do último LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegytpi) realizado pelo setor de Endemias da Secretaria de Saúde de 11 a 15 de março. O índice é de 5,7, considerado alto, bem acima do 1% preconizado.

Segundo o coordenador do programa, Sérgio Sigmar Radke, o índice quer dizer que, de cada 100 imóveis, seis apresentam focos, tendo, por vezes, mais de um foco no mesmo local. “Isso explica por que em muitas localidades do Município, tanto na sede como no interior, a presença de mosquitos é bastante significativa, gerando muitas reclamações por parte da população, inclusive relatadas através de telefonemas recebidos na sede do Setor de Endemias para que seja feito o uso de inseticidas, o popular fumacê, o que nem sempre pode ser atendido já que o uso de inseticidas tem muitos efeitos colaterais”, explica Radke.

Casos

Ele salienta que o Município, nos últimos meses, apresentou apenas um caso confirmado de dengue. No entanto, para ele, isso não quer dizer que Marechal Rondon esteja imune ou livre da doença, já que o quadro pode mudar rapidamente, visto que diversas regiões no Estado e no Brasil apresentam alto número de casos ou estão em epidemia.

“Estamos cercados ou muito próximos de municípios onde o número de casos está aumentando a cada semana. Alguns já estão apresentando quadro de epidemia e a circulação de pessoas de uma localidade para outra, pode fazer com que o vírus comece a circular no nosso município, aumentando nossos casos e, em situações mais extremas, fazer com que tenhamos uma nova epidemia, como aconteceu em 2016”, alerta.

Prevenção

As medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) são frutos de um trabalho conjunto entre o Setor de Endemias e a população.

O Setor de Endemias, que atualmente conta com 40 agentes, deve cobrir num período de dois meses, os atuais cerca de 24 mil imóveis do município. Nessas visitas, o objetivo é vistoriar os locais, atingindo no mínimo 80% desse total, levando em conta os imóveis fechados, disponíveis para locação etc.

“Cada envolvido nesse processo deve fazer sua parte, pois o interesse é de todos. Sem mosquitos não há transmissão, sem transmissão a dengue não se espalha. É necessário, de suma importância e vital até, que a população se engaje e ajude nessa luta. Que cada um cuide do seu ambiente, que as pessoas num trabalho constante comecem a cuidar mais e checar o seu quintal, a sua casa, as calhas e depósitos de água de sua propriedade e outros locais prováveis buscando encontrar e eliminar focos de mosquitos”, enfatiza Radke.

Ele ressalta ainda que a ausência de grandes problemas nos últimos dois anos pode ter dado a impressão de que a população não precise manter os cuidados constantes, quando na realidade é o contrário. “Quando mosquitos são encontrados em um determinado local, isso significa que nos arredores, não mais do que a uma distância de 100 metros, existe um ou mais focos. Muitas vezes quando atendemos pedidos de vistoria ou reclamações os focos são encontrados na propriedade do reclamante ou no imóvel vizinho”, explica.

O Setor de Endemias intensificará a fiscalização e, se necessário, realizará a aplicação de notificações e multas.