Saúde

Dieta por impulso: 40% dos alimentos fit ficam no armário

Uma pesquisa realizada pela Banca do Ramon, um dos mais tradicionais empórios de São Paulo, mostra que 40% dos alimentos considerados fit são abandonados no armário.

Dieta por impulso: 40% dos alimentos fit ficam no armário

O levantamento intitulado como “Hábitos alimentares dos brasileiros – preferências, dietas e tendências de consumo” também mostra que os alimentos mais comprados para fazer parte da dieta são linhaça (40%), chocolates com maior teor de cacau (40%), sal rosa (36%), chá verde (35%) e óleo de coco (29%).

De acordo com a nutricionista consultora da Banca do Ramon, Nathália Gazarra, a dificuldade em seguir dieta está relacionada a dois fatores importantes: a falta de um acompanhamento de um especialista e da obsessão por dietas milagrosas. “Para emagrecer de forma saudável é necessário disciplina e um acompanhamento mensal com um nutricionista. Pois, com base em sua rotina, hábitos alimentares, preferências, aversões e/ou intolerância alimentares, ele pode orientar e fazer um plano alimentar individualizado para que a pessoa consiga atingir o objetivo de acordo com necessidade dela”, explica.

Confira a seguir dicas preciosas de Gazarra.

Como não sabotar a dieta?

Comprar alimentos mais saudáveis e não inseri-los na alimentação de forma correta é um esforço em vão e desperdício de dinheiro. A organização do plano alimentar deve ser feita desde o início. Fazer uma lista de compras é primordial para seguir o plano alimentar. Parece uma dica muito simples, e é, porém são poucas as pessoas que fazem isso. Segundo passo, é ir a um mercado, feira ou hortifrúti com foco na harmonia de todos os grupos alimentares: carboidratos, proteínas, frutas, verduras e legumes.

Atenção aos rótulos

A especialista também orienta a leitura dos rótulos dos produtos, pois neles é possível saber quais são os ingredientes que compõem determinados alimentos. Em uma consulta com uma nutricionista, pode-se obter orientação de como ler corretamente a lista de ingredientes, assim como a tabela nutricional que mostra as calorias, quantidade de sódio, açúcar, gorduras, entre outros. Como existe uma linha enorme de produtos industrializados, prestar atenção no rótulo na hora de comprar um produto é muito importante para ter uma alimentação balanceada.

Consuma frutas com moderação

Frutas são deliciosas e excelentes na dieta por possuírem muitas vitaminas e minerais. No entanto, deve-se ter cautela no consumo. As frutas possuem frutose, que é um açúcar natural, porém, o consumo excessivo pode levar ao aumento de peso e de glicemia. A quantidade de frutas por dia pode variar de pessoa para pessoa. Sendo assim, só um nutricionista consegue orientar com relação a isso.

Alimentos integrais

Algo que é sempre recomendado é o consumo de alimentos integrais. Mas eles possuem o mesmo valor calórico. São mais benéficos porque possuem fibras, além de mais vitaminas e minerais, pois não foram processados, mas são do grupo dos carboidratos. Então, a dica é comer na quantidade certa, isso também é orientado em uma consulta nutricional.

Alimentação da semana

A marmita é um bom hábito que tem feito parte da rotina de muitos brasileiros. A prática possibilita comer em porções moderadas, economizar dinheiro, além de evitar idas a fast food ou pedir por aplicativos. O que a nutricionista recomenda é escolher um dia, que normalmente acaba sendo o domingo, para a preparação desses alimentos para toda a semana.

Beba água

Certamente não adianta ter uma alimentação saudável se o corpo não é hidratado devidamente. Dentre as principais funções da água, estão: transportar nutrientes, ajudar a eliminar substâncias tóxicas, além de contribuir com o sistema cerebral, renal, respiratório e cardiovascular. Além de participar da quebra da gordura para quem está num processo de emagrecimento.


Sem desperdício de alimentos, tempo e dinheiro

Da mesma forma que comer compulsivamente é prejudicial, fazer uma dieta por impulso também é. Especialmente pela possibilidade de se frustrar depois com as expectativas não atingidas.

Nathália Gazarra explica que não é benéfico pelos seguintes motivos: dietas feitas assim geralmente restringem alimentos e, consequentemente, podem causar a deficiência de nutrientes. A possibilidade de engordar é maior, pois a restrição pode levar a compulsão alimentar, aí pessoa entra num ciclo de dieta que sempre acompanha uma restrição alimentar, e depois volta a ter compulsão para compensar todo esse período de restrição. Ou seja, se torna um ciclo vicioso.