Cotidiano

Conta de luz não terá tarifa extra em setembro, garante ONS

m57622.jpg

RIO – Uma boa notícia para os consumidores. Não será necessário adotar a bandeira amarela na conta conta de luz, o que chegou a ser cogitado recentemente. Com a mudança da bandeira verde para a amarela haveria um custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 quiowatts/hora (kWh). A informação foi dada na manhã desta sexta-feira pelo presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, que garantiu que graças a uma melhoria nos reservatórios das usinas hidrelétricas, está garantida a manutenção da bandeira verde, sem acréscimo de custo para os consumidores.

? Fiquem tranquilos porque a bandeira vai ficar verde. Não vai mudar a bandeira de jeito algum . É muito difícil prever, mas eu acho que nós vamos ficar com bandeira verde até o final do ano ? afirmou Barata.

Ele explicou que não será necessário adotar a bandeira amarela porque o balanço entre a carga consumida e a geração está permitindo isso, ou seja, não será necessário gerar muita energia com usinas termelétricas. A questão será avaliada em reunião da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima terça-feira.

Nesta sexta-feira, o ONS está elaborando o Plano Mensal de Operação (PMO) para o mês de setembro e, segundo o executivo, os dados indicam que não haverá a necessidade de adoção da bandeira amarela nas tarifas de energia.

Barata disse que o chamado Custo Marginal de Operação (CMO) é de R$ 130 por Megawatt (MW), enquanto o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) é de está em torno desse valor. E a bandeira amarela só seria acionada a partir de um preço de R$ 211 por MW.

O custo adicional nas bandeiras amarela ou vermelha se destina a compensar o gasto com a geração de energia em termelétricas. O nível dos reservatórios da região Sudeste e Centro-oeste está em 46,9%, enquanto na Nordeste está em 20%.

O presidente do ONS explicou que chegou a se especular no mercado a volta da bandeira amarela, por conta da falta de chuvas e de uma queda menor no consumo de energia do que se verificou no último mês.

Barata acredita que o país pode chegar até o fim do ano mantendo a bandeira verde, sem cobrança extra na conta de luz, porque a partir de novembro começa o chamado período das chuvas, que vai até abril do próximo ano.