Política

Construção engavetada

Por ano, Cascavel gasta mais de R$ 120 mil com a locação das três estruturas que abrigam os Conselhos Tutelares – Leste, Oeste e Sul. A conta poderia ser reduzida com a construção de uma estrutura subsidiada pelo FIA (Fundo para Infância e Adolescência), no entanto, o projeto em tramitação há quatro anos está parado na Paraná Edificações, em Curitiba, após sucessivos pedidos de alterações e revisões.

A liberação do recurso dependia do aval da gestão anterior do Palácio do Iguaçu, no entanto, saiu Beto Richa (PSDB) sem confirmar a obra.

Ao pedir exoneração do cargo de secretária de Estado da Família, Fernanda Richa deixou um termo autorizando uma parceria futura para “conjunção de esforços de interesse comum”, em um prazo de dois anos – ou seja, bem longe do que planejavam os envolvidos com o atendimento a crianças e adolescentes.

Os entraves existentes são averiguados pelo vereador Fernando Hallberg (PPL), que recebeu a demanda de conselheiros que atuam em Cascavel e estão preocupados com o atraso, visto que as estruturas alugadas oneram os cofres públicos e, apesar das adaptações, não são os mais adequados para os atendimentos.

Para que o investimento fosse possível, o Município disponibilizou uma área no Bairro Brasília, Rua Pedro Raimundo com Rua Heitor Vila Lobos. A estrutura supriria a demanda do Conselho Tutelar Leste, representando uma economia mensal de R$ 2,8 mil aos cofres públicos municipais.

Em resposta ao Hoje News, o setor de engenharia da Paraná Edificações informou que o projeto estaria na fase de implantação, em seguida passaria para apreciação do estudo de viabilidade – assim seria corrigido – e por último seria analisado o caixa do Estado para saber se a construção é possível. “Encaminhamos um decreto sobre a composição dos conselhos e aguardamos ansiosos pela liberação, pois será a primeira sede própria. Além disso, a estrutura vai dar melhores condições de atendimento: hoje o Conselho Leste atende na Rua Erechim, o ideal seria que estivesse do outro lado da BR-467 onde estão as maiores demandas”, afirma o secretário de Assistência Social, Hudson Moreschi Júnior.