Esportes

China cria teto de gastos para times de futebol em meio a aperto financeiro

Os estrangeiros que entrarem na Superliga Chinesa na próxima janela de transferência do inverno local receberão no máximo 3,3 milhões de dólares pós-impostos

Xangai – As autoridades do futebol chinês anunciaram grandes limites nos gastos dos times antes da temporada 2020, que incluem um teto para os salários de jogadores locais e estrangeiros, na tentativa de evitar a ruína financeira.

Os estrangeiros que entrarem na Superliga Chinesa na próxima janela de transferência do inverno local receberão no máximo 3,3 milhões de dólares pós-impostos – a primeira vez em que um teto salarial é adotado na Superliga Chinesa em mais de uma década. Além disso, adotou-se um teto de 1,4 milhão de dólares nos salários dos jogadores chineses.

Os clubes tampouco terão permissão de gastar mais de 1,1 bilhão de iuanes (R$ 40.717.479,00) em suas operações ao longo da próxima campanha, e os salários não deveram ultrapassar 60% deste valor.

As novas regras foram confirmadas após uma reunião da Associação Chinesa de Futebol na quarta-feira (25), e não se estendem aos bônus que podem ser pagos, o que pode dar aos times alguma flexibilidade para atrair atletas destacados.

Os clubes também terão permissão de contratar um quinto jogador estrangeiro, um aumento da cota atual de quatro, mas só poderão colocar quatro estrangeiros em campo de cada vez.

A China tenta conter os gastos excessivos no futebol nacional desde 2017, temporada na qual houve grandes contratações com astros estrangeiros, como o brasileiro Oscar e o argentino Carlos Tévez, com salários elevados.

No fim daquele ano, uma taxa de 100% foi imposta a transferências de jogadores estrangeiros avaliados em mais de 45 milhões de iuanes, e a mesma condição foi adotada em transferências domésticas avaliadas em mais de 20 milhões de iuanes.