Policial

Caso Gabriel: Cinco meses de sofrimento

A família espera por justiça

Foto: Aílton Santos
Foto: Aílton Santos

Há cinco meses a vida de Márcia Batista é mais triste. Emocionada, ela mostra fotos e cartaz de Gabriel e ainda espera por justiça à morte do seu filho. “Ainda temos esperança de que o culpado vai ser encontrado e pagar pelo que fez com meu filho. A polícia disse que tinha três suspeitos, mas dois deles foram descartados. O terceiro negou o crime, mas o celular dele e outros objetos apreendidos pela polícia vão passar por perícia. Ele contratou um advogado para se defender… A delegada me disse que precisa ter provas ou então o inquérito será arquivado… Eu acredito que a polícia vai conseguir encontrar quem fez isso”.

A identificação dos três suspeitos teria ocorrido por denúncia anônima e a possível identificação de um vulto que aparece em imagens de câmera de segurança teria trazido novo rumo à investigação do crime ocorrido dia 1º de novembro do ano passado.

Insegurança

Márcia contou que ela e a família têm medo de também serem alvos do bandido, mas disse que a delegada Raísa Vargas, responsável pelo caso, teria a tranquilizado, garantindo que, conforme as investigações, o alvo seria apenas Gabriel.

A Delegacia de Homicídios informou apenas que as investigações continuam e que todas as informações foram repassadas à família.

A dor da perda

Márcia tem mais cinco filhos e diz que a dor não alivia com o tempo. No jardim, ela aponta para os presentes que o filho lhe trazia: “A roseira, ali, florida… foi ele quem me deu… Era um menino tão bom. Não consigo imaginar quem teria a coragem de fazer isso com ele. Meu menino nem morava aqui, veio visitar a gente e acontece isso. É muito triste. Só quem perde um filho sabe a dor que é”.

“Todo o mundo amava o Gabriel. Eu recebi um cartaz lindo feito pelos amigos dele da faculdade, com fotos dele. Uma sala com o nome dele foi inaugurada na universidade onde ele estudava. Ele era só orgulho”, continua a mãe, que declara: “Encontrar quem fez isso não vai trazer o Gabriel de volta, mas vai haver justiça e trazer um pouco de paz para meu coração”.

O crime

Gabriel Batista de Souza foi morto aos 21 anos no dia 1º de novembro com uma facada no peito. O crime aconteceu na Rua Europa, no Bairro Periollo, não muito longe da casa da mãe dele. Gabriel fazia bacharelado em Teatro em uma universidade de Santa Catarina e veio a Cascavel visitar a família.

Testemunhas disseram ter conversado com Gabriel, que teria falado: “Fui assaltado e esfaqueado”. Até o socorro chegar, ele já estava sem vida.

A faca que teria sido utilizada no crime foi encontrada, mas as impressões digitais teriam sido apagadas com a chuva. O celular não foi roubado.