Opinião

Carnaval: a folia que aquece a economia

Por Carla Hachmann

Para muita gente, Carnaval é sinônimo de feriadão e descanso. Outros gostam mesmo é de folia. Para os setores de comércio e serviços – especialmente turismo -, significa muito dinheiro.

No Brasil, a máxima de que o ano só começa após o Carnaval não está muito longe da verdade. Para muitos segmentos, especialmente ligados ao poder público, a folhinha só começa a contar depois das festas momescas.

E é essa paralisia inicial, que pode levar quase dois meses, que prejudica a economia e o andamento do País. Um exemplo muito latente é o Congresso Nacional, que até passar essa data praticamente nada produz.

Fora isso, o Carnaval é bastante significativo na movimentação da economia.

Para se ter ideia, neste ano a CNC (Confederação Nacional do Turismo) estima que apenas as atividades turísticas relacionadas ao Carnaval vão movimentar cerca de R$ 8 bilhões, aumento real de 1% em relação ao ano passado e o maior volume desde 2015.

Bares e restaurantes ficam com a maior fatia (R$ 4,8 bilhões), seguidos das empresas de transporte (R$ 1,3 bilhão) e dos serviços de hospedagem (R$ 861,3 milhões). A maior parte desse dinheiro fica no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia.

E vale lembrar que boa parte desse volume financeiro vem de fora do País, de turistas de diversos países atraídos pelos encantos da folia brasileira.

No Paraná, as belezas de Foz do Iguaçu também entram cada vez mais no roteiro de turistas do mundo todo, movimentando a economia regional, graças às festas comandadas pelo Rei Momo.