Saúde

Alergia à proteína do leite: confira dicas sobre o tratamento mais indicado

Além do leite, seus derivados - como queijo, iogurte e sucos - também podem desencadear essa hipersensibilidade

Alergia à proteína do leite: confira dicas sobre o tratamento mais indicado

A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é a mais frequente das alergias alimentares na primeira fase da vida dos bebês, atingindo de 2% a 3% das crianças menores de 3 anos de idade. A falta de diagnóstico preciso pode aumentar os riscos e, em casos extremos, até levar à morte por anafilaxia, que é a reação mais grave causada pela alergia à proteína animal. Além do leite, seus derivados – como queijo, iogurte e sucos – também podem desencadear essa hipersensibilidade.

Segundo o pediatra especialista em nutrição infantil Fábio Ancona, a causa da APLV não é totalmente definida, uma vez que diversos fatores podem contribuir para o seu surgimento. “O intestino das crianças é imaturo e a ingestão precoce das proteínas do leite de vaca pode favorecer o aparecimento da alergia”, alerta o médico.

Predisposição genética é outra causa associada ao desenvolvimento dessa alergia alimentar.

Sintomas da alergia ao leite de vaca

A Alergia à Proteína do Leite de Vaca pode apresentar sintomas nos bebês em até duas horas após o contato com a proteína animal, causando alterações na pele e na mucosa da boca, que podem ser acompanhadas de manifestações respiratórias e gastrointestinais. “Choro frequente, chiado no peito, respiração difícil, diarreia, vômito em jato, perda de peso e, em alguns casos, ocorrência de dermatite, são manifestações causadas pela APLV”, destaca Fábio Ancona.

Tratamentos indicados

A exclusão do leite de vaca e seus derivados da dieta das crianças é o primeiro passo para o tratamento da APLV. Fórmulas com proteínas hidrolisadas e à base de soja são os substitutos mais recorrentes dos lácteos. Porém, as proteínas hidrolisadas têm sabor desagradável às crianças e invariavelmente são rejeitadas. Quanto à soja, ela é contraindicada pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) para os primeiros seis meses de vida, devido à possibilidade de interferência no perfil hormonal dos bebês.

A suplementação alimentar à base de proteína de arroz é uma das condutas indicadas e agora está disponível no mercado brasileiro. “Fórmula infantil à base de arroz é uma excelente opção para o combate à APLV, ainda sem concorrentes no País. A proteína do arroz tem paladar mais agradável e elimina o risco de reações alérgicas causadas pelo leite. Com isso, proporciona mais qualidade de vida, desenvolvimento adequado e o fornecimento ideal de nutrientes à criança”, ressalta Fábio Ancona.