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Ações buscam reduzir mortes no trânsito

Ações buscam reduzir mortes no trânsito

 

 

Curitiba – Casos como o que ocorreu ontem (29) em Cascavel, onde cinco pessoas morreram em um acidente na PR-180, infelizmente são frequentes no Brasil, e eles ocupam a terceira posição entre as principais causas de mortes prematuras no Brasil. Traduzindo em números, isso significa que a cada 15 minutos morre uma pessoa nas ruas ou estradas brasileiras. O impacto desse indicador resultou na criação do novo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que começou a valer no final de setembro deste ano, com uma meta ambiciosa: reduzir à metade as mortes no trânsito no período de 10 anos.

“O Paraná foi o primeiro estado signatário do novo plano, que integra o Brasil à agenda global de segurança viária. O compromisso foi firmado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na abertura da Semana Nacional do Trânsito, porque ele entende que se trata de uma política pública que busca preservar o máximo de vidas possíveis”, informa o presidente do Conselho Estadual de Trânsito do Paraná (Cetran-PR), Felipe Flessak.

Com a adoção das 160 ações e metas previstas no novo Pnatrans, o governo federal estima preservar 86 mil vidas até 2028 e deixar de gastar R$ 290 bilhões com saúde pública e previdência em todo o Brasil.

 

O PLANO

O novo Pnatrans tem seis pilares: Gestão da Segurança no Trânsito; Vias Seguras; Segurança Veicular; Educação para o Trânsito; Atendimento às Vítimas; e Normatização e Fiscalização. A ideia é fortalecer o cumprimento da legislação de trânsito e alcançar os objetivos propostos pela nova Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Além das 160 ações listadas, o plano promove a articulação entre outras políticas de trânsito e mobilidade, como a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) e o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) e estabelece seis grupos de trabalho, que reúnem especialistas de diversos órgãos e entidades que integram o SNT (Senatran, Detrans, órgãos municipais de trânsito, Cetrans, DNIT, DER, PRF, Polícia Militar e ANTT), das mais variadas regiões do País, bem como representantes de universidades, organizações sociais, entidades do setor produtivo e corpo de bombeiros militar.

 

 

Em Cascavel audiência pública debaterá o tema

 

Cascavel – Na próxima quarta-feira (03), a partir das 14h, acontece na Câmara Municipal uma audiência pública que tem por objetivo debater a segurança no Trânsito de Cascavel. Os parlamentares estão preocupados com os altos índices de acidentes de trânsito e mortes registradas em 2021. Até o momento, aproximadamente 50 pessoas já foram vítimas do trânsito na cidade, especialmente motociclistas.

Foram convidados para tratar do assunto o Tenente Nathan Broetto Cruz, comandante do Pelotão de Trânsito do 6º BPM, Antônio Volmei dos Santos, secretário de Segurança Pública do Município de Cascavel-PR; Major Amarildo Roberto Ribeiro, coordenador do Comitê Intersetorial de Prevenção e Controle de Acidente de Trânsito do 4º Grupamento de Bombeiros de Cascavel-PR; sargento Jorge Luiz Pinheiro, chefe da 7ª Ciretran (Detran-PR); Ricardo Schneider, inspetor-Chefe da Polícia Rodoviária Federal da 4ª Delegacia de Cascavel-PR; Fernando Zamoner, delegado-Adjunto da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel-PR e Simoni Soares, presidente da Autarquia Municipal de Mobilidade, Trânsito e Cidadania de Cascavel-PR (Transitar), que vai apresentar dados e explicar quais são os principais problemas de trânsito na cidade e quais as soluções que vem sendo estudadas pelo Poder Público para resolvê-los.

Alguns indicadores chamam a atenção, como por exemplo, o aumento de 77,27% no número de acidentes envolvendo pedestres e 170% de aumento no número de pedestres feridos. O número de mortes de ciclistas subiu 300% e o de ciclistas feridos saiu de 31 para 41, um aumento de 28%. Em relação aos motociclistas, o número de acidentes registrados aumentou mais de 50% e o número de feridos pulou de 306 para 517, com o número de mortes crescendo 18%. Os dados são da Transitar e comparam os meses de janeiro até setembro de 2020 e 2021.