Agronegócio

A genética no futuro da suinocultura

Imagine uma granja com o seguinte desempenho: 4,6 mil quilos de suínos produzidos por matriz instalada/ano, 17 leitões desmamados por leitegada e mais de 43 desmamados por fêmea ao ano. Obra de ficção? Não, a genética tornará isso possível em menos de dez anos.

A genética sempre foi a principal indutora de avanços de eficiência e de qualidade na produção de suínos. Elemento tecnológico de maior peso, foi ela quem, historicamente, capitaneou as grandes transformações na suinocultura, ajudando a estabelecer novos patamares de produtividade e competitividade.

“O rápido e intensivo avanço da tecnologia, e o consequente desenvolvimento de novas ferramentas de melhoramento genético, com destaque para os revolucionários recursos da seleção genômica e da edição de genes, têm aberto novos e promissores horizontes para a atividade”, explica Natalia Irano, coordenadora de Serviços Genéticos da Agroceres PIC.

De acordo com Natalia, a julgar pela velocidade com que a genética vem evoluindo, os saltos zootécnicos e econômicos no campo serão cada vez maiores e expressivos.

Um grupo de geneticistas realizou um estudo que projeta os impactos que o avanço da tecnologia genética vai gerar no desempenho produtivo dos animais nos próximos dez anos. Os números são absolutamente fantásticos. Será possível, por exemplo, produzir 4,6 mil kg de suínos por matriz instalada por ano, desmamar mais de 17 leitões por leitegada, produzir mais de 43 desmamados por fêmea ao ano, entre outros indicadores impressionantes. Confira, abaixo, outras projeções contidas no estudo.