O Projeto Rondon é o maior de extensão universitária do País e essa é a primeira vez que as atividades serão na região Oeste do Paraná. A Operação Yaguaru será de 16 de janeiro a 2 de fevereiro. A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) teve três equipes selecionadas. Uma delas é pertencente ao Conjunto B que vai para o município de Braganey.
O conjunto B fica responsável pelos temas: Tecnologia e Produção, Comunicação, Meio Ambiente e Trabalho. Serão realizadas oficinas teóricas, práticas e atividades culturais.
O coordenador da equipe, professor do curso de Administração, Wanderson Gresele, afirma que a importância do Projeto Rondon é a extensão caminhar junto com o processo de ensino do acadêmico. “A expectativa é sempre a melhor possível. As atividades que serão realizadas são organizadas de acordo com a própria necessidade da comunidade local. A importância é colocar o acadêmico em atividade junto com a comunidade, entender as demandas dela, e não ficar isolado apenas na Universidade”.
O professor conta também que essa é a segunda vez que participa do Projeto Rondon. A primeira na Operação Palmares, em 2018, no estado de Alagoas. “Dessa vez, poderemos trazer a Unioeste de forma efetiva na nossa região. Aqui existe o que chamamos de pobreza resiliente que é uma faixa de pobreza estagnada. O Projeto Rondon vem para atingir essa população, que muitas vezes está marginalizada na sociedade”.
Cada equipe é composta por 10 rondonistas, sendo 8 acadêmicos e 2 docentes. A acadêmica de Nutrição do campus de Francisco Beltrão, Maiára Ziliotto, conta que é gratificante ter sido selecionada para um projeto de tamanha importância. “Eu conheci o projeto através de relatos de experiências de outras pessoas que foram. Sempre gostei de ajudar, acredito que o Projeto Rondon vai me fazer crescer muito na vida acadêmica, e mais ainda como pessoa”.
Já a acadêmica de Fisioterapia do campus de Cascavel, Cintia Festinalli conta que já teve contato com o Projeto Rondon antes. Em 2018, ela participou na seletiva regional da Unioeste em parceria com a UEPG. “O Rondon encanta de todas as formas principalmente pro acadêmico que tem essa visão da extensão da faculdade, desse voluntariado com as pessoas. Você acaba se redescobrindo. A equipe é multidisciplinar, isso abre novos horizontes. Por exemplo, sou da área da saúde, mas no Rondon atuarei em outras”.
Serão realizadas oficinas das mais diversas áreas: oratória, saneamento básico, coleta seletiva, gestão, turismo local, educação financeira, empreendedorismo, orientação vocacional, informática básica, técnicas de produção rural, entre outras.
Cíntia afirma que participar do Projeto Rondon possibilita que os acadêmicos vejam de perto o que só sabem na teoria. “É muito fácil a gente falar que sabe que existe pobreza extrema, que existe pessoas que não sabem o básico. É fácil porque a gente sabe por dados que vemos na internet. Agora, quando vamos até essas pessoas e temos contato com elas faz com que nós olhemos para as pessoas de forma diferente. Essas pessoas não sabem o mínimo que elas teriam o direito de saber. Isso me motiva a colaborar com a sociedade”.
O projeto Rondon é promovido pelo Ministério da Defesa em coordenação com os Governos Estadual e Municipal, em parceria com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), a 33ª Brigada de Infantaria Mecanizada e a Unioeste.