O BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – encerrou o primeiro semestre de 2020 ampliando sua atuação na Região Sul do país, e reforçando o papel de destaque no financiamento do setor produtivo local. Apesar do cenário de incerteza em função da pandemia, as operações contratadas totalizaram R$ 1,3 bilhão. Quando somados às contrapartidas dos próprios empreendedores, os financiamentos viabilizaram R$ 1,6 bilhão em investimentos na Região Sul, crescimento de 12,5% em comparação com igual período do ano anterior.
O resultado possibilizou a manutenção ou geração de 29 mil postos de trabalho no período e incremento de R$ 176 milhões/ano em impostos para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O desempenho foi impactado positivamente por diversos fatores, como a ampliação de operações com recursos próprios, o aumento do limite de instituições como o BNDES, e a manutenção do nível de inadimplência em um patamar muito abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
RECUPERA SUL – Um dos destaques do semestre foi a implementação do Recupera Sul, um programa de crédito emergencial para recuperação da economia dos três estados do Sul. A ação disponibilizou R$ 300 milhões de capital próprio do BRDE para capital de giro de micro, pequenas e médias empresas; além de microempreendedores individuais (MEI) afetados pela pandemia.
Em paralelo a instituição postergou o pagamento de contratos que, juntos, totalizam R$ 3 bilhões, permitindo aos empreendedores do Sul, passarem com mais tranquilidade pela crise.
DESTAQUES OPERACIONAIS – Até o dia 30 de junho a instituição realizou 1.286 novas operações de crédito, incremento de 19% em comparação com o mesmo período de 2019. Os setores de Comércio e Serviços, tiveram a maior participação com 655 operações, seguido pela Indústria (245 operações); Agropecuária (218 operações) e Infraestrutura (168 operações).
A evolução dos números, acredita o diretor de Operações Wilson Bley Lipski, se deve à modernização de processos e automatização de etapas. Diversas soluções do programa BRDE 6.0 que deveriam ser implementadas ao longo do ano, foram antecipadas em função da pandemia e facilitam o acesso ao crédito durante os meses de março, abril, maio e junho.
Segundo ele, mesmo com atuação regional o BRDE continua com destacado papel no cenário agrícola nacional. É o principal repassador nacional do Programa Agrícola Prodecoop (para desenvolvimento de cooperativas), do Pronaf Investimento, e das operações via Canais Digitais para o Setor Público.
DESTAQUES FINANCEIROS – O lucro líquido do BRDE somou R$ 83,1 milhões no primeiro semestre, redução de 24,2% em relação ao mesmo período de 2019.
O ativo total chegou a R$ 16,6 bilhões. No dia 30 de junho a carteira de crédito somava R$ 13,1 bilhões, distribuídos em 36.319 operações ativas de longo prazo, com saldo médio de R$ 359,7 mil. Os mais de 33 mil clientes estavam distribuídos por 91.3% dos municípios da Região Sul. Entre os setores de atividade com financiamentos no período, a agropecuária respondia por 28,7%; comércio e serviços, 25,5%; a indústria por 23,0%; enquanto o setor de infraestrutura representava 22,8% do total.
Outro fator relevante para o excelente resultado semestral foi a redução do índice de inadimplência (a partir de 90 dias), passando de 0,88% em junho de 2019 para 0,51% no mesmo período deste ano. O percentual alcançado pelo BRDE é inferior ao apresentado pelo conjunto de bancos públicos (2,63%) e inferior ao de todo o Sistema Financeiro Nacional – SFN (2,88%).
Nos primeiros seis meses do ano as receitas resultantes de recuperação de créditos baixados em prejuízo alcançaram R$ 51,5 milhões, o que corresponde a um crescimento de 40,8% em comparação ao mesmo período de 2019.
DESTAQUES ADMINISTRATIVOS – Os desafios apresentados pela pandemia provocaram uma série de adaptações na rotina do BRDE. O Banco criou um plano de contingência e estabeleceu ações para proteger os colaboradores e manter a continuidade das operações, priorizando o trabalho remoto. O plano considera as diretrizes dos Estados controladores e das prefeituras onde o Banco possui unidades.
Entre as medidas adotadas está a limitação do acesso às agências, reforço das medidas de higiene e limpeza, além de um trabalho de orientação aos mais de 400 colaboradores e terceirizados. “O esforço é para que a operação do banco não seja prejudicada, mas que, ao mesmo tempo a saúde da equipe não seja ameaçada”, diz o diretor Administrativo Luiz Carlos Borges da Silveira.
Fonte: Agência Estadual de notícias