A diferença de preços da gasolina no Brasil cai para 8%. Descubra as causas e os impactos dessa alteração - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A diferença de preços da gasolina no Brasil cai para 8%. Descubra as causas e os impactos dessa alteração - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil - A gasolina vendida no Brasil está, em média, 8% mais cara do que o preço de paridade de importação, segundo levantamento divulgado na  última sexta-feira (10) pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). O indicador mede quanto os valores praticados no país estão acima ou abaixo dos preços internacionais.

Na semana anterior, a diferença havia atingido 10%. A redução ocorre em meio à queda das cotações da gasolina no mercado externo e à estabilidade do câmbio, que encerrou a última sessão cotado a R$ 5,35 por dólar.

Segundo a entidade, o preço interno da gasolina está R$ 0,23 por litro acima da paridade, com variações entre R$ 0,17 e R$ 0,31, dependendo do polo de entrega. As refinarias da Petrobras e da Acelen – tomada como referência por ser a principal refinadora privada do país – mantêm os valores sem reajustes desde junho, quando a estatal reduziu o combustível em 5,6%.

‘Janelas’

As chamadas “janelas de importação” (períodos em que compensa importar o produto) permanecem abertas há 39 dias consecutivos. Enquanto isso, o diesel é vendido 4% abaixo do preço internacional, o que representa uma defasagem média de R$ 0,14 por litro. O último reajuste da Petrobras para o produto foi em maio.

Cenários

A Abicom afirma que o cenário reflete o câmbio elevado e a queda das cotações internacionais do petróleo. O Brent, referência global, segue negociado acima de US$ 66 por barril. A Petrobras, presidida por Magda Chambriard desde maio de 2024, tem mantido a política de preços implementada em 2023, que deixou de seguir automaticamente a paridade de preços internacionais. A estratégia, apoiada pelo governo Lula, busca “abrasileirar” os preços dos combustíveis, considerando custos internos de produção e logística para reduzir a volatilidade nas bombas.