Rio de Janeiro – A indústria brasileira perdeu ritmo e deve fechar o ano com crescimento de 1,1%, segundo estimativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A taxa é quase um terço da estimada em dezembro, quando o setor esperava uma expansão de 3% para este ano.
A entidade aponta que a expressiva melhora das expectativas para a economia observada no período pós-eleições não se refletiu na atividade produtiva deste início de ano, que seguiu fraca.
O baixo crescimento vem na esteira de uma maior percepção de que a tramitação das reformas estruturais da economia brasileira – como a reforma da Previdência – será mais complexa e demorada do que se imaginava.
“O atraso na tramitação da reforma da Previdência dificulta avanços substantivos na discussão da reforma tributária. A racionalização do sistema tributário é condição necessária para eliminar distorções, reduzir custos e aumentar a competitividade do país”, diz a CNI.
E as expectativas ainda podem piorar. No Informe Conjuntural divulgado nessa quinta-feira (11), a CNI diz que o viés da estimativa é de baixa – ou seja, é mais provável uma revisão desse número para baixo que o contrário.