CASCAVEL

Rodoviária: Obras chegam a 65%, mas vandalismo traz prejuízos às melhorias

Acompanhe a revitalização da Rodoviária de Cascavel, que chega a 65% de execução e gera desafios para passageiros e empresas - Foto: Arquivo/O Paraná
Acompanhe a revitalização da Rodoviária de Cascavel, que chega a 65% de execução e gera desafios para passageiros e empresas - Foto: Arquivo/O Paraná

Cascavel e Paraná - Quem trabalha ou quem passa pela Rodoviária de Cascavel se depara com um verdadeiro canteiro de obras, já que desde o ano passado o local passa por uma revitalização completa e, como a obra foi divida por andares, nem as empresas que vendem as passagens e nem os passageiros conseguem “desviar” dos transtornos que a obra naturalmente traz, como o pó, barulho e a sujeira. Nesta semana a obra chegou a cerca de 65% de execução.

O problema é que, além de tudo isso, a construtora que está executando a obra e a própria Prefeitura que contratou os serviços, estão tendo que enfrentar outro incômodo antes mesmo da obra terminar. Passageiros que frequentam o local relataram que diversas cadeiras foram quebradas e nos banheiros teve furtos de porta papel-higiênico e toalha e ainda alguns locais já foram pichados, inclusive nos novos guichês que ainda estão em fase de finalização.

De acordo com o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Rocha Rancy, infelizmente tem pessoas que circulam pela rodoviária que são desocupadas, que às vezes ficam transitando pela obra da rodoviária e acabam cometendo furtos, mas que as rondas serão reforçadas. “Temos uma segurança lá na rodoviária e a Guarda Municipal está ajudando, mas esses pequenos furtos eles infelizmente acontecem”, relatou.

Rancy disse que com isso a construtora acaba sendo lesionada, assim como o patrimônio público, mas que isso não vai atrasar ainda mais a obra que deve ser entregue até o fim deste ano. “A parte superior já está praticamente pronta e estamos trabalhando agora na parte inferior e estamos muito animados com essa reforma que mudará o layout da rodoviária justamente para evitar que pessoas assim, que estejam desocupadas entrem na parte interna da rodoviária”, descreveu.

Prazo prorrogado

A obra iniciou em março do ano passado já que o prédio antigo tinha mais de 30 anos e traz modernidade para o prédio público, com serviço de escada rolante e ainda três elevadores. São cerca de 16 mil metros quadrados de edificação, com prazo inicial para setembro, mas que será prorrogado até o fim do ano, como já anunciado pela reportagem do O Paraná.

Quem está executando a reforma é a Construtora Alom, vencedora da licitação, que ocorreu em janeiro do ano passado. Ao todo, serão investidos R$ 19,4 milhões, dinheiro repassado pela a Secretaria Estadual das Cidades por meio de transferência voluntária, quando não há necessidade de o Município ter que devolver o valor ao tesouro do estado. O prédio tem dois andares, 32 plataformas de embarque e desembarque por onde passam cerca de 11 mil ônibus todos os meses.

Pelo projeto, a rodoviária irá manter o mesmo padrão atual na parte externa, mas toda a estrutura será reformada, inclusive o telhado que será substituído. A parte debaixo ficará exclusiva para o embarque e desembarque de passageiros e a parte de cima das lojas e lanchonetes, diferente do projeto atual que acaba misturando os espaços.

O espaço vai ganhar sala de embarque e uma ampla praça de alimentação, para que o possa a voltar a ter uma boa condição de atendimento às pessoas que passam todos os meses por ali. O projeto contempla alteração de layout interno, guichês, salas comerciais, terminal de encomendas, sanitários, instalação de catracas, elevadores, escadas rolantes, acessibilidade interna e externa, esquadrias, sistema elétrico e estacionamentos.

Salas


Um comerciante que venceu a licitação para abrir uma lanchonete já está com as portas abertas, mas as outras salas ainda não. A Transitar realizou uma licitação em abril, mas dos 20 espaços comerciais apenas quatro deles tiveram vencedores, e como nenhum era permissionário antigo, teve todo o trâmite de saírem, para que outros pudessem entrar.

Das quatro salas, três delas são para a área gastronômica, que vão ser utilizadas para lanchonetes, entrega de alimentos e apenas uma sala foi para comércio geral. O valor mensal das quatro salas foi praticamente o valor estimado na licitação, que variou entre R$ 1,8 mil a R$ 2,2 mil, mas as outras 16 salas terão que ser novamente licitadas, processo que ainda não tem prazo para ser feito. O prazo do contrato é para um período de 60 meses.