Reportagem: Josimar Bagatoli
Toledo – A duas semanas do fim dos contratos dos 130 médicos terceirizados, o governador Ratinho Júnior (PSD) disse que o HU (Hospital Universitário) de Cascavel não para, mas não apresentou qualquer solução ao problema. “Não vejo risco [de paralisação dos serviços] no HU. Estamos tomando todos os cuidados com o secretário da Fazenda e o secretário da Saúde, com o auxílio do próprio superintendente do Ensino Superior. A proposta é que se normalize a situação nos próximos dias”, resumiu. Ratinho veio a Toledo para o lançamento de um dos mais modernos complexos médicos da América Latina que será instalado no Biopark (leia mais na página 8).
No HU, os médicos terceirizados já receberam aviso prévio de que a partir de 26 de agosto estão impedidos de cumprir expediente – eles representam 70% do corpo clínico.
A determinação da Justiça do Trabalho expedida há um ano não surpresa à Reitoria da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), que administra o HU, pois o processo tramita há nove anos e já tramitou em julgado. A Unioeste chegou a abrir concurso com 600 vagas, mas foi suspenso pelo governo do Estado porque não havia autorizado.
Ratinho disse que “o secretário de Saúde, Beto Preto, está conversando com o reitor [Paulo Sérgio Wolf]… Criamos um cronograma de repasse de recurso para normalizar toda essa situação. Nosso secretário tem tomado as devidas providências”.
O governador também responsabilizou, indiretamente, a gestão anterior pela situação: “No primeiro ano o orçamento aprovado é proveniente do ano passado, portanto, temos que trabalhar com a realidade que nos deram. Com o novo orçamento a ideia é fazer uma normalização dos repasses para boa prestação de serviços”.
Veja a íntegra da entrevista com o governador: