TRANSPORTE PÚBLICO

Prefeitura fará aporte de R$ 1,5 milhão para segurar o valor da passagem

Cerca de 60 mil passageiros utilizam o transporte público de Cascavel. Foto: Arquivo Secom
Cerca de 60 mil passageiros utilizam o transporte público de Cascavel. Foto: Arquivo Secom

Para evitar que o valor da passagem do transporte público aumente, o Município de Cascavel fará um pagamento de R$ 1.564.270,71 para as duas empresas que operam o sistema, o chamado “subsídio tarifário”. O repasse do valor foi publicado no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira (16), uma abertura de crédito por meio da Transitar – a autarquia de trânsito municipal.

De acordo com a presidente da Transitar, Larissa Boeing, o montante é composto pela diferença de janeiro a agosto deste ano, do valor que teria que ser a tarifa atual, na casa dos R$ 5,00 mas que é cobrada R$ 4,65 cada passagem. Este acordo do repasse da diferença do valor foi firmado ainda na época da pandemia, em abril de 2020, quando o sistema do transporte teve uma redução drástica no número de passageiros, mas tendo que manter os serviços.

Segundo Larissa, este é o primeiro aporte financeiro feito ao sistema neste ano, mas no ano passado o valor repassado foi de R$ 3,5 milhões. Quanto mais passageiros usam o sistema, menor é o valor que precisa ser repassado. Atualmente cerca de 60 mil passageiros utilizam o transporte público da cidade – que conta com 149 ônibus e 62 linhas, incluindo os 15 novos ônibus elétricos.

Conforme Larissa, sem o aporte a tarifa passaria para cerca de R$ 5,00 – isso sem considerar investimentos e melhorias, que nessa fase final do contrato existe. “Ficamos meio impedidos porque não teriam um prazo suficiente para a amortização dos investimentos e isso refletiria consequentemente em aumento de tarifa, então o subsídio é destinado aos usuários do serviço como forma de manter o valor atual”, explicou. Para o próximo contrato que ainda não publicado, a cobrança deve ser por quilômetro rodado.

Ela detalhou ainda que o subsídio vem sendo calculado mensalmente, ou seja, nos meses em que há o superávit, esse saldo é utilizado no mês subsequente para a cobertura dos custos, mas quando é deficitário o Município, no caso a Transitar, deve fazer o aporte do subsídio para cobrir esses custos. Sobre os novos ônibus elétricos, explicou que eles também entram nesta conta já que acabam consumindo menos insumos para estar em circulação, o que faz que reduz o custo mensal do serviço.

Reajuste da tarifa

O último reajuste da tarifa do transporte ocorreu em agosto do ano passado, quando passou de R$ 4,50 para R$ 4,65. Na época foi divulgado que para a composição do aumento da tarifa foram considerados o reajuste salarial dos trabalhadores das empresas, o acordo coletivo que estabeleceu aplicação de 100% da variação inflacionária medida pelo INPC, além do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA acumulado de 12 meses que foi de 3,16%.