
Cascavel - A modernidade do transporte público nas ruas de Cascavel terá mais um custo nos próximos dias. Trafegando pelas principais avenidas da cidade, os 15 ônibus elétricos já têm a necessidade de ter os pneus substituídos. Os ônibus estão circulando desde o dia 5 de agosto do ano passado pelas empresas que prestam o serviços do transporte público da cidade, mas até que um novo contrato seja firmado, já que o atual está em prorrogação de prazo, os custos deles são do Município.
A licitação para renovar os pneus está marcada para o dia 31 deste março, às 10h, com o valor máximo de R$ 754 mil. De acordo com Rafael Meurer, encarregado de transporte coletivo da Transitar, cada ônibus circula uma média de 240 quilômetros por dia e, grande parte deles, já tem mais de 15 mil quilômetros rodados. Os pneus já foram recapados e por isso necessitam ser substituídos.
Como a “conta” dos gastos com os ônibus é da Prefeitura, eles terão que fazer a compra, mas apenas para os elétricos, já que o restante da frota que conta com mais de 150 veículos ao todo, é de responsabilidade das empresas Pioneira e Capital do Oeste, que opera o sistema e por consequência, recebe os lucros do sistema. Ao todo, serão adquiridos até 196 pneus e o serviço de 180 recapagens.
Meurer explicou que vence a empresa que atender aos itens e com o menor valor, já que a licitação é na modalidade de pregão eletrônico e ganha quem apresentar o menor preço por item. E este não é o primeiro custo que os ônibus trazem – já que a Transitar paga inclusive as revisões deste veículos.
“No período de cada 10 mil quilômetros rodados, a gente tem uma planilha, fazemos acompanhamento, e a empresa Tevx, representante da Higer, fabricante do veículo, que vem fazendo essa manutenção periódica”, explicou Meurer.
Custos
A reportagem do Jornal O Paraná vem acompanhando estes investimentos desde o anúncio da compra dos novos ônibus em 2022, transação efetivada no ano passado pelo valor de mais de R$ 43 milhões. No início de dezembro do ano passado, foi publicado pela Transitar o contrato da autarquia de trânsito com a empresa Tevx Motors Group Ltda, no valor de R$ 1.385.715,00, mesma empresa que vendeu os ônibus.
O contrato de prestação de serviços é de 12 meses e foi feito por meio de “inexigibilidade de licitação” que é quando o processo acontece quando há a impossibilidade de competição. Ele prevê a manutenção para os 15 veículos de cinco até 70 mil quilômetros rodados, com custos que variam de R$ 13.960,00 a R$ 19.800,00 dependendo da quilometragem e do ônibus, já que são 13 padrons e dois articulados.
Na época, a Transitar disse que o contrato inclui a manutenção preventiva, assistência técnica, mão de obra e substituição de peças necessárias em cada avaliação para cada um dos 15 veículos e que o valor indicado nas revisões é um valor máximo, uma estimativa, mas que pode ser que o valor seja menor do que o indicado – já que em algumas revisões o serviço pode ser apenas de prevenção e não necessitar a troca de peças, que é feita de acordo com as necessidades de uso.
Mudanças nas catracas
Ainda no mês de dezembro, um novo contrato foi feito, desta vez para fazer a troca das catracas dos 15 ônibus que não estavam atendendo as necessidades dos passageiros. Na época, a única empresa que prestava este tipo de serviço deixou de trabalhar com isso, e a própria Tevx – a mesma que vendeu os ônibus para o Município – foi contratada novamente. O valor para a alteração das catracas foi de mais de R$ 130 mil, sendo que neste valor foram ainda adquiridas quatro pares de catracas adicionais, no caso deles terem que trocar o dispositivo, dependendo da linha em que trafegam.
A mudança ocorreu após uma fase de testes para avaliar a mudança das catracas de local dentro dos ônibus, tirada da porta da frente para a porta de trás, onde a maioria costuma entrar nos terminais de transbordo. Na época, a Transitar informou que em função do próprio layout do veículo, que possui o piso totalmente baixo, a catraca para possibilitar tanto os acessos pela esquerda como pela direita do veículo.
Elas ficaram numa posição mais centralizada e, quando há o transbordo de um passageiro de um veículo de uma linha alimentadora para esses veículos das linhas troncais, onde o embarque ocorre obrigatoriamente pela porta traseira para não existir um novo registro na catraca, os passageiros têm um acesso mais restrito desse espaço, porque ele fica dividido. Ela foi reposicionada e quando esse acesso ocorre nos terminais, todo o saguão do veículo fica disponível para essa utilização, alcançando uma utilização de uma maneira mais eficiente todo o espaço que o veículo tem para os passageiros.