BRASÍLIA – As queixas de subfinanciamento da Saúde deverão continuar, apesar da mudança de governo. O novo ministro da do setor, Ricardo Barros, disse nesta sexta-feira que não há expectativa de aumentar o volume de recursos da área. Segundo ele, os problemas fiscais são grandes, e várias receitas previstas no ano passado não vão se realizar este ano.
– Eu não tenho expectativa de aumentar recursos para a Saúde. A crise fiscal é muito grande – disse o ministro.
Ele também defendeu medidas que onerem donos de imóveis em que haja dificuldade para a entrada de agentes públicos com o objetivo de combater focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chicungunha e zika. Segundo ele, a cultura do brasileiro é fazer o que precisa para evitar multas.
Barros pregou ainda maior participação de profissionais brasileiros no programa Mais Médicos, em que a maioria é formada de estrangeiros, especialmente cubanos. Mas o ministro destacou também que as duas últimas chamadas do programa já foram marcadas pelo predomínio de candidatos brasileiros.
O ministro apresentou uma lista de 11 prioridades, encabeçada pela melhoria da gestão e do financiamento da Saúde. Os outros pontos da lista são: aperfeiçoar os sistemas de informação do SUS; ter mais diálogo com entidades que representem os médicos e gestores de Saúde; ampliar o combate ao Aedes aegypti; reforçar os compromissos assumidos para ações de Saúde para os Jogos Olímpicos de 2016; ter mais brasileiros no Mais Médicos; pôr em funcionamento unidades de saúde, ambulâncias e equipamentos já adquiridos mas ainda não instalados; fortalecer o complexo industrial de saúde; ampliar e atualizar os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas; qualificar quatro milhões de profissionais de saúde; e fortalecer as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças.