No topo de uma bucólica colina, em Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba, repousa um tesouro singular entre as paisagens verdejantes do Paraná. Uma modesta capela, à primeira vista discreta em sua simplicidade, emerge como guardiã de um mistério fascinante. Este é o local conhecido como “o menor cemitério do mundo”, um título honrado pelo Guinness Book Brasil em 1996.
Erguida em 1929 pelos moradores da Campina dos Andrades, a capela se destaca não por sua grandiosidade, mas por sua história comovente. Cercada por um muro de pedra e um portão de ferro, ela adorna poucas lápides em um terreno minúsculo, apenas 19,25 metros quadrados, uma área ínfima se comparada a uma quadra de basquete com seus 420 metros quadrados.
Este lugar sagrado, conhecido como Cemitério dos Anjos ou Capelinha, guarda os restos de crianças que partiram cedo demais, muitas vezes pouco depois de chegarem à luz do mundo. É um local em que mães ainda vão, acendendo velas em homenagem a seus pequenos, mantendo viva a memória e o respeito por essas almas inocentes.
Apesar de estar agora em uma propriedade privada, o dono optou por manter acessível a colina da capela, permitindo que devotos, turistas e curiosos possam conhecer e prestar suas homenagens aos que ali repousam. Além das cruzes de metal branco, um altar com imagens de Nossa Senhora Aparecida acolhe as preces daqueles que visitam este santuário singelo.