BRASÍLIA ? O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o discurso de conciliação feito por Donald Trump depois de sua eleição é o caminho para o distensionamento das relações não apenas internas, mas também com outros países. Para ele, embora a vitória dele não fosse esperada, foi a decisão democrática da população norte-americana. Maia disse que o Brasil precisa estar atento para manter uma boa relação com os Estados Unidos.
? Não era uma decisão esperada, mas a população decidiu e isso é que é importante na democracia. O discurso do presidente Trump logo após as eleições foi um discurso que anima a todos, um discurso de harmonia, de conciliação. Com esse caminho de distensionamento a gente vai conseguir avançar nas relações do Brasil-Estados Unidos ? disse Maia, acrescentando:
? Para o Brasil a relação com os Estados Unidos é importante, é um parceiro comercial muito importante do Brasil. Esse discurso (é) de conciliação interna, mas certamente com os países da América do Sul. Acho que o Brasil precisa estar atento para que possa manter uma boa relação com o país americano.
Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), senador Aloysio Nunes (PSDB?SP), disse que é preciso esperar e descobrir quem é realmente Donald Trump. Segundo o senador, quem ganhou a campanha foi o personagem criado pelo empresário americano.
? Eu acho que é preciso em primeiro lugar ver quem é o verdadeiro Donald Tramp que ganhou a eleição. Ele é em grande medida um personagem de teatro, de cinema, de publicidade, ele criou um personagem. Vamos lembrar que ele foi durante muito tempo apresentador de um reality show, um programa de televisão nos Estados Undos, e em torno disto foi criando uma imagem que garantiu sua vitória nestas eleições.
Para Aloysio Nunes, a vitória do empresário Republicano não deve causar grandes mudanças na relação entre o Brasil e os EUA.
? O Brasil não é um país prioritário para a politica externa dos Estados Unidos. A sociedade americana está de olho em outras regiões do mundo: é a China, a Rússia, o Oriente Médio, o Irã, essa é a preocupação dos Estados Unidos ? disse o senador.