WASHINGTON ? O líder democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, pediu nesta quinta-feira que o procurador-geral, Jeff Sessions, renuncie ao cargo. Ele é acusado de ter enganado o Congresso ao dizer, sob juramento, na sabatina a que foi submetido para ser confirmado na função, que não tinha se comunicado com os russos. Mas, na verdade, se reuniu duas vezes com o embaixador da Rússia durante a campanha presidencial de Trump no ano passado.
? O procurador-geral Jeff Sessions teve semanas para corrigir o registro que fez perante o Comitê Judiciário, mas deixou o registro valendo ? disse Schumer em uma coletiva de imprensa. ? Pelo bem do país, o procurador-geral Jeff Sessions deve renunciar.
De acordo com o Departamento de Justiça, em um dos encontros, Sessions recebeu o embaixador Sergei Kislyak em seu gabinete na condição de membro do Comitê de Serviços Armados do Senado. A outra reunião foi realizada em grupo com outros embaixadores depois de um discurso na Fundação Heritage.
Em sua audiência de confirmação, em 10 de Janeiro, o senador democrata Al Franken perguntou a Sessions: “Se há alguma evidência de que alguém afiliado à campanha de Trump se comunicou com o governo russo, durante esta campanha, o que você vai fazer?”.
Sessions respondeu: “Eu não tenho conhecimento de nenhuma dessas atividades. Eu não tive contato com os russos. Não posso comentar sobre isso”. videosessions
Em comunicado na quarta-feira à noite, Sessions disse que as novas alegações eram falsas: “Eu nunca me encontrei com autoridades russas para discutir questões da campanha. Eu não faço ideia sobre o que se trata esta alegação. É falsa.”
As revelações sobre o contato com a Rússia, relatadas pela primeira vez pelo ?Washington Post?, reforçaram os pedidos ? de democratas e republicanos ? para que o secretário de Justiça se afaste de uma investigação em curso do FBI sobre a interferência russa na eleição presidencial de 2016.
No mês passado, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, se demitiu por ter feito contatos com a Rússia antes da posse do novo chefe de governo para discutir o levantamento de sanções de Washington a Moscou. Da campanha à parceria antiterror, cinco etapas da relação Trump-Putin