SÃO PAULO ? O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira as novas regras para o rotativo do cartão de crédito. Para adequar-se às normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determinou que a partir de 3 de abril nenhum cliente pode passar mais de 30 dias no crédito rotativo, o Itaú decidiu que quem não quitar a fatura, pagar o mínimo ou não optar por um financiamento terá automaticamente o valor devido parcelado automaticamente em 12 meses (com taxas de 0,99% a 8,9% ao mês). A instituição também reduziu o juro do rotativo (de 16% ao mês para 9,9% mensais), taxa que incidirá no primeiro mês de atraso no pagamento.
Hoje, é possível ficar ?pendurado? no rotativo indefinidamente. O problema é que a modalidade é a mais cara do país, com taxas de juros de 500% ao ano. No caso do Itaú, por exemplo, a taxa máxima atual do rotativo é de 490% ao ano. Com a redução anunciada hoje, esse juro cairá para 210% ao ano. A medida do CMN tem como objetivo evitar a bola de neve das dívidas com cartão de crédito. De acordo com a portaria do CMN, após 30 dias no rotativo, o cliente terá de quitar o débito à vista ou optar por um parcelamento.
O Banco do Brasil havia anunciado suas novas regras de pagamento em meados de fevereiro. O cliente do banco estatal também entrará num parcelamento automático, depois de um mês no rotativo, mas o prazo será mais longo na comparação com o do Itaú: de 24 meses.
?As novas regras pretendem contribuir para a diminuição do comprometimento de renda dos consumidores que utilizam o crédito rotativo do cartão e fortalecem a estratégia adotada pelo BB, que estimula os clientes a utilizarem o cartão de crédito de forma consciente e em seu favor?, disse o BB em nota.