Cotidiano

Funcionamento 24 horas não atrai lojistas; sindicatos definem horário próprio para o Natal

Apesar de entenderem a intenção da medida, de acordo com os sindicatos, o horário estendido não é interessante para os varejistas

Comércio cascavel
Os principais motivos da escolha do presente são para 42% as necessidades do pai

Representantes do Sindilojas (Sindicato Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Cascavel e Região), do Sindec (Sindicato dos Empregados no Comércio de Cascavel e Região) e empresários que atuam no setor de bares e restaurantes se reuniram esta semana para discutir o horário de funcionamento no fim de ano.

É que no dia 19 entra em vigor decreto municipal que permite que o comércio atenda 24 horas por dia. Apesar de entenderem a intenção da medida, de acordo com os sindicatos, o horário estendido não é interessante para os varejistas.

Segundo o presidente do Sindilojas, Leopoldo Furlan, ficou acertado com o Sindec que o horário de atendimento do comércio de 14 a 23 deste mês será das 9h às 22h e, na véspera de Natal, dia 24, das 9h às 18h. “O setor varejista não tem interesse em manter as empresas abertas depois das 22h, 23h, como propõe o decreto municipal, que permite funcionamento 24 horas de 19 a 31 de dezembro. Isso porque é muito difícil que as lojas recebam clientes depois das 22h”, explica Furlan.

Ele acrescenta que também ficou decidido que cada empresário decide a forma de trabalho, como/quando pretende abrir as portas e a carga horária de cada trabalhador, respeitando sempre as orientações e as regras do sindicato dos funcionários e as leis trabalhistas.

Outro fator levado em conta é a necessidade de reprogramar o horário de trabalho de funcionários, já que em muitos estabelecimentos o número de colaboradores está reduzido.

Segundo o prefeito Leonaldo Paranhos, que assina o decreto, a medida visa evitar aglomerações, oferecendo condições para as empresas manterem mais tempo as portas abertas para receberem os clientes.

No futuro

O presidente do Sindilojas, Leopoldo Furlan, comenta que o horário estendido pode até ser um atrativo para o comércio local, mas não neste momento. “Oferecer esse tipo de atendimento ao cliente pode ser muito positivo para o setor varejista se mantido após a pandemia, até mesmo para tentar aquecer as vendas e auxiliar na retomada econômica, mas, neste momento, não se torna atrativo para o empresário nem para a maioria dos consumidores”, conclui Furlan.

Bares e restaurantes em dúvida

Já os empresários do setor de bares e restaurantes ainda estão em dúvida sobre como será o funcionamento e inseguros sobre possíveis novas determinações ou surgimento de outros decretos com medidas divergentes. “Estamos respeitando o decreto do Estado e fechando nosso estabelecimento às 23h por causa do toque de recolher. A partir do dia 19, quando se encerra o estadual e passa a valer o decreto municipal, esperamos voltar ao atendimento no horário normal, seguindo, claro, as orientações sanitárias, mas ainda não temos certeza de como vamos trabalhar e que tipo de serviço vamos poder oferecer. Estamos aguardando, caso alguma mudança aconteça”, explica o gerente de um bar localizado na Rua Paraná, no Centro.

 

Horário de funcionamento do comércio em Cascavel

De segunda (14) a sexta-feira (18)     das 9h às 22h

Sábado (19) e domingo (20)   das 9h às 18h

De segunda (21) a quarta-feira (23)   das 9h às 22h

Quinta-feira (24/12)       das 9h às 18h

Paranhos determina elaboração de PMI para cotação da vacina contra covid-19

 

Nessa terça-feira (8), o prefeito Leonaldo Paranhos solicitou em regime de urgência ao secretário de Saúde, Thiago Daross Stefanello, e ao procurador-geral do Município, Luciano Braga Côrtes, a elaboração de um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) para a cotação em laboratórios e fabricantes da vacina contra a covid-19.

O instrumento formal está sendo elaborado com questionamentos sobre o tempo para validação, entrega, testes, eficácia, armazenagem, logística, preço, entre outros aspectos técnicos.

Também ontem governadores se reuniram com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar da compra de vacinas. O ministro afirmou que vacinação no Brasil contra a covid-19 começa no fim de fevereiro e que as primeiras 8,5 milhões de doses da Pfizer – de uma compra de 70 milhões – devem chegar ao País no primeiro semestre.

Mais tarde, em pronunciamento, Pazuello disse que cabe ao ministério, e não aos estados, planejar a vacinação contra a covid-19 no Brasil. “Compete ao Ministério da Saúde realizar o planejamento e a vacinação em todo o Brasil. Não podemos dividir o Brasil num momento difícil”, disse Pazuello.