Quedas do Iguaçu – Soldados do Corpo de Bombeiros de Cascavel, Quedas do Iguaçu e de municípios vizinhos a Quedas do Iguaçu, formaram ontem uma força-tarefa no sentido de iniciar as frentes de combate contra os mais de 600 focos de incêndio registrados em uma área de 560 quilômetros quadrados em áreas de preservação e em acampamentos erguidos por membros do Movimento dos Sem-Terra. Além de enfrentar as chamas, os bombeiros tinham que lutam contra a resistência dos sem-terra. Há relatos de que enquanto os bombeiros apagavam as chamas de um lado, do outro o sem-terra estariam ateando fogo em novas áreas, na tentativa de dificuldade o trabalho dos militares.
De acordo com o oficial de comunicação de plantão do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Cascavel, capitão Murilo Sinque, foram deslocadas quatro equipes de Cascavel, mais todo o efeitivo dos bombeiros comunitários de Quedas do Iguaçu, além de mais três equipes das cidades próximas a Quedas. “Estamos atuando com cautela por que tratam-se de áreas sob o domínio dos sem-terra e por enquanto, não temos amparo policial para tentar conter as chamas dentro em áreas de mata nativa dentro dos acampamentos”. A alternativa foi a de tentar controlar o fogo no entorno das áreas.
A expectativa dos bombeiros é com a possibilidade de ocorrência de chuvas naquela região a partir de terça-feira. Será preciso contar com a sorte, caso contrário, os danos ao meio ambiente poderá ser ainda maiores. As equipes do Corpo de Bombeiros trabalham em sistema de revezamento. Uma das alternativas para garantir efetividade e resultados mais precoces com as ações, seria a utilização de aviões pulverizadores para contribuir no combate das chamas que se alastram por conta da baixa umidade relativa do ar e das fortes rajadas de ventos predominantes naquela região.
Para ter uma dimensão do problema, o Corpo de Bombeiros fez diversos sobrevoos sobre as áreas mais atingidas. O mapeamento também ocorreu por meio terrestre.
ILHA GRANDE
Na outra extremidade do estado, no Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul, os trabalhos também não cessam. O fogo já consumiu mais de 15 mil hectares, dos 78,7 mil hectares. Para minimizar os estragos, o Governo do Paraná enviou duas aeronaves para auxiliar nos trabalhos. A suspeita é de que o fogo tenha sido causado por um raio.