A produção de energia elétrica a partir de painéis fotovoltaicos já é a segunda maior fonte na matriz elétrica do Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2023, 16% da necessidade de energia elétrica do Brasil é suprida pela geração fotovoltaica, em especial pelos micro e pequenos geradores.
Dentre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de energia solar, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo. Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul ultrapassou os 2,6 gigawatts (GW) de energia produzida, o que equivale a 10,1% de toda a produção brasileira.
Berço de investimentos
O estado do Rio Grande do Sul tem sido um berço para investimentos no setor de energia fotovoltaica. O estado recebeu, desde 2012, mais de R$13,7 bilhões em investimentos, gerando um retorno de aproximadamente R$3,2 bilhões aos cofres públicos e ainda gerando cerca de 79 mil novos empregos.
Uma das características do estado, que levou a essa posição de destaque e investimentos cada vez mais pesados, é sua extensão territorial e pelo fato de uma grande área do estado ser plana com incidência solar aproveitável durante o ano todo.
A primeira usina de energia solar do estado foi inaugurada em 2016 na cidade de Boa Vista das Missões, com pouco mais de 1000 placas e investimento de R$ 4 milhões que produziam, na época, até 257 kW.
O que o futuro aguarda?
Ainda segundo a ABSOLAR, em 2024, o Brasil deve conseguir injetar a produção de mais 9,6 GW na rede de produção fotovoltaica, o que elevaria a produção total do país para 45,5 GW. Isso significa que, segundo as estimativas, o investimento no setor ultrapasse os R$38,9 bilhões ainda em 2024 e que alcance a geração de cerca de 281 mil novos empregos em todo o Brasil.
O relatório ainda aponta que, em 2024, o Rio Grande do Sul registrou um aumento de 208% no volume dos financiamentos em relação a 2023, esse número demonstra a preocupação brasileira em investimentos em fontes de energia solar para empresas, residências e produtores rurais como uma forma de entrar na vanguarda da onda de energia limpa pela qual passa o mundo. O Brasil é, hoje, o oitavo maior produtor de energia solar, mas com investimentos e capacidade de chegar, em um futuro muito próximo, no top 5 produtores mundiais de energia limpa.
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