O sistema elétrico que atende Maringá e a região do Noroeste está sendo ampliado para adiantar-se à tendência de crescimento da demanda por energia nos diversos segmentos da economia local, assegurando a confiabilidade do fornecimento e a flexibilidade na operação. São mais de R$ 100 milhões em investimentos que resultarão em um aumento da ordem de 30% na capacidade de entrega de energia ao município, além de novas conexões que reduzirão o risco de faltar energia e o tempo de duração dos eventuais desligamentos.
Na Vila Esperança, a construção da nova subestação Ingá está com obras adiantadas e os transformadores alocados em seus devidos compartimentos. Serão dois transformadores de 41 MVA (megavolts-ampere) instalados na nova unidade, em um novo padrão construtivo de subestação abrigada e equipamentos isolados com o gás hexafluoreto de enxofre (SF6).
A conclusão da construção é prevista ainda para o primeiro semestre de 2022, e deve possibilitar o atendimento direto a cerca de 27 mil domicílios. Apenas nesta obra estão sendo investidos R$ 35,58 milhões, e mais R$ 1,7 milhão nas linhas de transmissão que farão a ligação da nova subestação a outras três unidades já existentes na cidade.
De acordo com o gerente de construção de linhas e subestações da Copel, Ricardo Soares Cavassin, as obras colocam Maringá novamente na vanguarda do sistema de distribuição de energia.
“Maringá esteve entre as primeiras localidades atendidas pela Copel, e é reconhecida como um polo de inovações neste setor, como foram o caso da implantação das primeiras redes protegidas contra o toque de galhos de árvores e a construção de uma subestação abrigada, semelhante a um prédio comum, no Jardim Novo Horizonte”, diz.
“Agora estamos promovendo um novo passo de atualização tecnológica, que se somará ao trabalho de automação já desenvolvido na cidade, nos últimos anos”, acrescenta o engenheiro.
Além da subestação da Vila Esperança, outra nova unidade que contribuirá dando sustentação ao crescimento da demanda na cidade fica no final da Avenida Morangueira, e teve a construção iniciada recentemente. Ainda em fase de construção das fundações, a subestação também será feita em formato abrigado e compacto, contendo dois transformadores de 30 MVA (megavolts-ampere) que serão responsáveis pelo abastecimento de aproximadamente 14 mil imóveis na cidade. A obra absorverá investimentos de R$ 31 milhões, com conexões previstas com as subestações Maringá, na saída para Campo Mourão, e Astorga.
MELHORIAS E AMPLIAÇÕES – A Copel também está investindo em ampliações e melhorias nas subestações já existentes em Maringá. Na unidade de transmissão na saída para Campo Mourão, recentemente foi concluída a renovação de um transformador, painéis de proteção e equipamentos associados às conexões, em um trabalho que somou R$ 13,2 milhões em investimentos, beneficiando a operação da rede básica para toda a região. Também a subestação localizada na Avenida Mandacaru recebeu melhorias concluídas recentemente, dobrando a capacidade instalada, graças à instalação de um novo transformador, em que foram investidos R$ 6,4 milhões.
Já na subestação do Jardim Alvorada são outros R$ 21,7 milhões em investimentos para a ampliação da capacidade e atualização tecnológica. A unidade está recebendo dois transformadores novos e também barramentos que são a base de distribuição da energia para as unidades consumidoras finais. Por fim, no distrito de Iguatemi foram realizadas obras de melhoria ao longo da primeira quinzena de novembro, e para Iguatemi existe uma licitação em andamento para a implantação de um sistema automático de transferência de cargas, orçado em R$ 2 milhões.
INTERESSE INTERNACIONAL – O corpo técnico da Copel em Maringá receberá, na próxima semana, a visita da cúpula diretora da Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (Ande), empresa responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia no país vizinho. De segunda a sexta-feira, a comitiva vai conhecer as novas tecnologias empregadas na operação das redes elétricas, trituração de resíduos da poda de árvores e o uso de drones em inspeções. O grupo também conhecerá as obras realizadas nas subestações Mandacaru e a construção em andamento da subestação Ingá.
(AEN)