Brasília – A bandeira tarifária a ser aplicada nas contas de energia elétrica em agosto será vermelha, patamar 1, com acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o fator que determinou o acionamento da bandeira vermelha foi o aumento do custo de geração de energia elétrica. Em julho, foi aplicada a tarifa amarela às contas.
Em nota, a Aneel justificou que, segundo o relatório do Programa Mensal de Operação do ONS (Operador Nacional do Sistema), o valor da usina térmica mais cara em operação, a Usina Termelétrica Bahia 1, é de R$ 513,51 megawatts-hora (MWh).
Bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de apresentar um valor que já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.
Gás sobe
O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso industrial e comercial terá reajuste médio de 8% a partir deste sábado, anunciou ontem a Petrobras. O aumento vale para o GLP vendido em embalagens de mais de 13 quilos e não inclui o de uso residencial, conhecido como gás de cozinha.
O aumento vai variar de 7,8% a 8,4%, dependendo do polo de suprimento, segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás Liquifeito de Petróleo).
O sindicato emitiu nota em que considerou o reajuste preocupante, "pois afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos".
De acordo com o Sindigás, o valor das embalagens maiores de 13 quilos ficará 46% acima da paridade de importação.