BRASÍLIA ? O ministro licenciado Alexandre de Moraes retomou nesta quinta-feira a maratona pelo Senado. A sabatina de Moraes pela Comissão de Constituição e Justiça no dia 22. Ele está reunido com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), e o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator do caso na CCJ.
Ontem, Moraes esteve com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), e com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Ele disse que pretende conversar com os 81 senadores.
Nas conversas com vários senadores, o indicado pelo presidente Michel Temer debateu e antecipou o que pode responder em pontos sensíveis de sua biografia. Uma preocupação é o fato de ter sido advogado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso no âmbito da operação Lava-Jato. Em conversa com tucanos, Moraes disse haver um ?preconceito? contra os advogados, que seriam parte fundamental do tripé do sistema jurídico, ao lado do Ministério Público (MP) e dos juízes.
? O MP acusa, o juiz julga e o advogado defende. Se fosse o (procurador-geral da República) Rodrigo Janot indicado, todo mundo adoraria. Se fosse o juiz Sérgio Moro, poderia sem problema, todo mundo ia achar bom. Mas, se é um advogado, é prejudicial. Esta visão não está correta ? defendeu Moraes.
Nas conversas, Moraes lembrou que sua origem é o Ministério Público, área considerada intocável hoje em função da Lava-jato. Sobre ataques da oposição, o futuro ministro foi aconselhado a não cair em pegadinhas ou provocações.