Cotidiano

Casos de dengue quase triplicam em um mês

Ao menos 11 pessoas tiveram reações bastante severas do vírus no organismo e são consideradas casos graves

Casos de dengue quase triplicam em um mês

Foz do Iguaçu – No último boletim da dengue do mês de fevereiro divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), a região oeste do Paraná registrava 103 casos positivos da doença. O boletim divulgado ontem – que tem como base os registros até 23 de março – os números quase triplicaram, considerando a 9ª Regional e Saúde de Foz do Iguaçu, a 10ª Regional de Cascavel e a 20ª Regional de Toledo.

No relatório dessa terça-feira (26) a região já aparece com 281 confirmações. A situação mais preocupante segue na regional de Foz do Iguaçu onde, na abrangência de nove municípios, há 142 casos. Em Cascavel, na 10ª Regional com 25 municípios, o número aumentou muito: 110 diagnósticos de dengue. Em Toledo, onde estão 18 municípios, somam 29 casos.

Considerando apenas os municípios, a condição mais crítica é em Foz do Iguaçu, com 116 confirmações, seguido por Cascavel, com 88 registros. No entanto, a Prefeitura de Cascavel já havia confirmado, até ontem, 106 casos, dos quais 103 autóctones.

Em todo o Paraná são 1.552 casos de dengue no atual período epidemiológico (1º de agosto de 2018 até agora).

A boa notícia é que não houve aumento das mortes em decorrência do vírus, seguindo com o panorama da semana passada com dois óbitos, ambos em Londrina.

Porém, ponto preocupante é que o oeste já possui 11 casos de sintomas mais severos da doença. Todos em Foz do Iguaçu. Oito desses pacientes foram identificados como DAS (Dengue com Sinais de Alarme) e três como DG (Dengue Grave).

Os casos de chikungunya no oeste seguem os mesmos: dois registros em Foz do Iguaçu. Em todo o Paraná eles somam seis. Quanto ao zika vírus, a região segue com um caso, também na Terra das Cataratas.

No mapa estadual de risco de infestação do mosquito Aedes aegypti, cinco municípios do oeste aparecem em destaque: Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena, Palotina e Guaíra. Cascavel tem risco médio, mas já passou por aplicação do fumacê na região do Bairro Alto Alegre e adjacências, onde está a maioria da concentração de doentes por dengue.

Somente os casos suspeitos para a doença na região somavam quase 3,5 mil, a maioria ainda aguarda resultados dos exames laboratoriais para confirmação ou descarte.

Reportagem: Juliet Manfrin