A história da Honda é marcada por ousadias técnicas e mercadológicas, comprovadas por modelos que conquistaram clientes tanto pela alta tecnologia como pela perfeita adequação às suas necessidades. Uma rápida olhada na trajetória da marca coloca a Honda CB 750 Four, de 1968, como exemplo máximo, detentora de uma tecnologia inigualável em seu tempo, que jogou luz no mote, “The Power of Dreams”.
Porém, impressionar o mundo através da glamorosa “Four” só foi possível por causa de outra ousadia, surgida uma década antes: a Honda Cub, incomparável sucesso de vendas que está na raiz do poderio do Honda como fabricante de motocicletas. E é exatamente o conceito de simplicidade, economia, durabilidade e qualidade construtiva que norteou a criação da Honda Cub que fez surgir, no Brasil, a Pop. Lançada em 2007, a menor e mais acessível das motocicletas produzidas na fábrica de Manaus (AM), caiu como uma luva nas necessidades dos brasileiros, ávidos pela conquista de uma mobilidade simples, prática e sobretudo econômica, tanto na aquisição quanto no dia a dia.
“Facilidade”
A Honda Pop em quase duas décadas seguiu o mesmo caminho, que tem na palavra “facilidade” seu fio condutor: facilidade de pilotagem, facilidade de aquisição, facilidade de manutenção e facilidade de revenda. A Pop é uma queridinha de todos, – primeira moto de 67% de seus proprietários –, com destaque para a grande parcela de mulheres, nada menos que 40% das usuárias do modelo. É para atender esta legião de admiradores e admiradoras chega a 5ª geração da Pop, que pode ser definida com uma simples frase: ainda mais fácil!
A Honda Pop 110i ES se caracteriza pela adoção de um novo motor, que preserva a mesma arquitetura do anterior, mas com incremento significativo de potência (6%) e torque (5%), que integram o pilar comum à todas as Pop, refletidos na economia de combustível, confiabilidade e durabilidade.
A introdução do sistema de transmissão semiautomático de quatro marchas e a partida elétrica representam um ponto de evolução relevante. Já amplamente conhecida dos clientes Honda por equipar desde sempre as Honda Biz, a transmissão semiautomática rotativa de quatro marchas ampliará de modo não indiferente a facilidade de pilotagem.
A partida elétrica traz a comodidade do acionamento do motor por intermédio de um simples botão situado no punho direito, inegável aspecto de praticidade e conforto, que será apreciado especialmente por motociclistas iniciantes que, como vimos, representam grande parcela dos usuários das Pop.
“Ecológica”
Outro importante aspecto trazido pelo novo motor da Honda Pop 110i ES diz respeito ao meio ambiente, com alterações técnicas que visaram uma significativa diminuição de emissões nocivas ao meio ambiente. Na comparação com o motor antigo, a emissão de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e emissões evaporativas atingiu índices que superaram plenamente as exigências do Promot 5.
Quanto à parte ciclística, a Honda Pop 110i ES manteve o robusto chassi tubular de aço, com suspensão telescópica na dianteira e sistema de dois amortecedores na traseira. A frenagem é do tipo CBS – Combined Brake System, com tambores em ambas rodas – aro 17 polegadas na dianteira e aro 14 polegadas na traseira –, calçadas com pneus Michelin Pilot Street 2. O peso a seco permaneceu inalterado, 87 kg.
A essencialidade do design da Pop, uma de suas características mais marcantes, foi integralmente preservada. Aliás, o minimalismo das superfícies que protegem o chassi e componentes como tanque, bateria e sistemas eletrônicos sempre foi valorizado justamente por não implicar em custos elevados na eventualidade de tombos ou pequenos acidentes. A identificação da nova Honda Pop 110i ES se dará, prioritariamente, pelos marcantes grafismos nas laterais e na carenagem sobre o farol, como também pelo novo sistema de escape, mais curto, totalmente preto, mesmo tratamento cromático dedicado aos tubos inferiores da suspensão dianteira.
Aspectos práticos
O desejo primordial dos projetistas ao conceber a Honda Pop 110i ES foi o de evitar qualquer tipo de excesso, um padrão que é seguido à risca desde o modelo pioneiro de 2007. O resultado é uma personalidade singular, coerente com o conceito de simplicidade pretendido para a própria utilização prática da motocicleta.
Um ponto de destaque da Pop é o banco, de dimensões amplas e conformação que privilegia o conforto, como deve ser em uma motocicleta destinada a usos múltiplos e intensivos. A escolha do revestimento texturizado visou não somente limitar a possibilidade de deslizamento do corpo do piloto e garupa em frenagens – lembrando que a Pop, ao contrário de outras motocicletas, não conta com o ponto de apoio natural proporcionado pelo tanque – como também oferecer um diferencial estético, de forte entidade.
O mencionado minimalismo das superfícies plásticas é “quebrado” por vincos e reentrâncias, que acrescentam dinamismo ao design e servem como elementos de reforço da estrutura. Neste aspecto, é importante mencionar o posicionamento dos pisca-piscas, aderentes, portanto menos sujeitos a danos.
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